Nesta terça, 19 de abril, é comemorado o dia dos Povos Indígenas, uma homenagem aos povos originários do Brasil.
Em vista disso, a Secretaria de Saúde (SES) possui iniciativas que oferecem suporte na vacinação, prevenção e controle de doenças infecciosas e crônicas e suas possíveis complicações a essas populações na capital.
Com relação a vacinação, a pasta realiza o acompanhamento das comunidades indígenas no DF e daqueles que estão em trânsito e foram encaminhados pelo Conselho Indígena.
A atenção à saúde integral indígena deve respeitar o espaço e o processo sociocultural desses povos, ainda, é necessário reconhecer a eficácia dos cuidados tradicionais à saúde e o direito à sua cultura.
Infelizmente, na capital não há equipe de atenção primária específica para atenção à população indígena. Por isso, essas pessoas são atendidas pela UBS de referência da região de moradia.
Sendo que o único serviço de referência para eles é ofertado no Hospital Universitário de Brasília (HUB), o Ambulatório de Saúde Indígena, no qual os profissionais de saúde, alunos e professores, em sua maioria indígenas, são responsáveis por acolher e acompanhar os usuários em consultas, internação e procedimentos.
Apesar disso, a Gerência de Atenção à Saúde de Populações em Situação Vulnerável e Programas Especiais (GASPVP), em parceria com órgãos governamentais, instituições privadas e movimentos indígenas, promove fóruns em saúde com o objetivo de capacitar servidores para atender às comunidades no Distrito Federal.
A SES baseia suas ações no último censo do IBGE, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, feito em 2010. Nesse levantamento, a população indígena é formada por uma pequena parcela (0,2% da população do DF) e se concentra principalmente na área urbana (97%).
Para ilustrar o dado, Na região do Noroeste, vivem cerca de 200 pessoas dos povos Guajajara, Fulni-ô, Tuxá e Kariri-Xocó em área equivalente a 32 hectares e a UBS de referência é a 114/115 Asa Norte.
A gerente de Atenção à Saúde de Populações em Situação Vulnerável, Denise Leite Ocampos afirma: “É uma população de extrema vulnerabilidade tanto na questão econômica, quanto cultural e social. Quando nós da saúde ofertamos ações, eles sentem maior pertencimento e cuidado”