Comissão de aprovados para o cargo de secretário escolar, da Secretaria de Educação, doou 900 máscaras especiais, feitas em acetato, que serão usadas por intérpretes de libras e autistas severos do Distrito Federal.
A entrega foi feita ao programa Todos Contra a Covid, do GDF e seguiu para a Secretaria da Pessoa com Deficiência do DF.
De acordo com a presidente da comissão, Sol Ferreira, as máscaras transparentes, além de facilitarem a leitura labial por quem depende disso para a comunicação, são extremamente importantes para autistas severos.
“Eles não aceitam usar máscaras e nem ficam confortáveis em estar perto de quem esteja usando”, explicou.
Todas foram confeccionadas com recursos dos próprios integrantes da comissão.
Cortadas a laser, as máscaras são reutilizáveis e a limpeza é feita apenas com álcool a 70%.
“Resolvemos transformar as manifestações em que pedíamos as nossas nomeações em ajuda aos necessitados”, disse Sol, que representa 2.200 aprovados no último certame, em 2016.
Emocionada, a secretária da Pessoa com Deficiência do DF, Rosinha da Adefal, lembrou que os cuidados que o cidadão deve ter para evitar o contágio com o coronavírus são ainda maiores quando se trata da pessoa com alguma deficiência.
“Nem todos têm essa percepção”, lamentou a secretária.
O DF tem, atualmente, mais de 200 mil pessoas com deficiência
“Vamos fazer chegar essas máscaras às pessoas que verdadeiramente precisam”, enfatizou Rosinha.
O vice-governador Paco Britto, que coordena o programa do GDF, agradeceu a doação do grupo.
“É um gesto muito nobre e de extrema necessidade, de carinho pela população do Distrito Federal”, frisou.
Ele aproveitou para doar máscaras de tecido reutilizáveis e frascos de álcool em gel – recebidos do Grupo Brasal pelo programa – para que a Secretaria da Pessoa com Deficiência possa fazer doação do material.
Mais doações
Mais cedo, a Associação Maria Vitória de Doenças Raras (Amaviraras), também foi agraciada com doação do programa Todos Contra a Covid.
Quarenta e cinco famílias das 98 que são atendidas pela entidade, se encontram em dificuldades devido à pandemia.
E receberão cestas básicas, máscaras, álcool em gel e cobertores. Parte das doações foram feitas por outra comissão formada por aprovados em concurso público no DF.
Desta vez, para cargos da Polícia Civil (PCDF).
Existem, no mundo, cerca de oito mil doenças raras. Mas poucas são as que são tratadas com protocolo clínico.
As demais, levam famílias a recorrerem aos centros de referências. No Distrito Federal, o Hospital Materno Infantil (HMIB), na Asa Sul, é habilitado para atender os pacientes, já que não existe, ainda, centro no DF.
*Com informações da Agência Brasília