O Governo do Distrito Federal (GDF) tem feito um esforço especial, nos últimos três anos, quando o assunto é saúde feminina. A Secretaria de Saúde focou em oferecer uma assistência integral à mulher, normatizando o atendimento ginecológico, democratizando o acesso a contraceptivos e realizando acompanhamento mais humanizado às gestantes.
A criação do Centro Especializado em Saúde da Mulher (Cesmu), na 514 Sul, foi um grande marco para o público feminino. Foi inaugurado em outubro de 2020 e conta com uma equipe multiprofissional com ginecologista, nutricionista, psicólogo, assistente social, acupuntura, homeopatia e reumatologia. Além de aparelhos essenciais como mamógrafos e ultrassons.
No Cesmu o atendimento é voltado, principalmente, para pacientes oncológicas. Porém, há serviços ofertados que são abertos para todo o público feminino, por exemplo, o acompanhamento psicológico.
Carla Camilo, gerente do Cesmu, ressalta que o espaço também presta assistência a mulheres que sofreram qualquer tipo de violência. No entanto, o acolhimento inicial é feito em uma das 17 unidades do Centro de Especialidade para Atenção às Pessoas em Situação de Violência Sexual, Familiar e Doméstica (Ceapv).
“Quando há necessidade de dar continuidade ao atendimento, a vítima é encaminhada para o Cesmu”, explica Carla. “Nossa clínica está preparada para oferecer cuidado integral à mulher, em todas as suas fases de vida – da reprodutiva à menopausa.”
Eficiência em ginecologia
Foi facilitado o acesso aos atendimentos ginecológicos na rede pública no DF. Desde abril de 2022, o controle das consultas tem sido feito pelo Complexo Regulador do DF, que é um sistema que organiza, de forma integrada, as vagas ofertas e a demanda.
Além disso, colocação do dispositivo intrauterino (DIU) também ganhou eficiência. Pois em 2019 a Secretaria de Saúde começou o processo de capacitação dos profissionais da atenção primária para implantação do contraceptivo. Então, atualmente, o DIU pode ser colocado nos consultórios das unidades básicas de saúde (UBS).
Pré-natal personalizado
O programa de triagem de gestantes, realizado nas unidades básicas de saúde (UBSs), é um dos grandes diferenciais da rede pública de saúde do DF.
Quando confirmada a gestação, as mulheres passam por testes rápidos de sangue. Esses exames são importantes pois indicam a presença de doenças infecciosas como o citomegalovírus, HIV ou HTLV, que podem gerar complicações na gravidez.
“Assim, o acompanhamento pode ser voltado para as necessidades específicas de cada gestante”, conta Camila Carloni Gaspar, coordenadora de Atenção Especializada à Saúde da Secretaria de Saúde (SES-DF).
Por fim, em abril, os serviços de ginecologia e obstetrícia do Hospital Regional da Asa Norte (Hran) voltaram para o público feminino, pois até então era exclusivo para gestantes com covid.
O Hran voltou a realizar cerca de 250 partos por mês. Ainda, o hospital tem retomado as cirurgias eletivas ginecológicas (histerectomia por outras enfermidades que não seja câncer, laqueadura, endometriose).