Nesta segunda-feira (24), o Governo do Distrito Federal (GDF) apresentou, em evento realizado no Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen), seu plano de ação para mitigação e contenção da poliomielite.
A criação desse documento se tratava de uma exigência feita pelo Ministério da Saúde a todas as Unidades Federativas e ao Distrito Federal, tendo em vista o alto risco de reinserção da doença no Brasil.
De acordo com o site da Fiocruz, a poliomielite, também conhecida como paralisia infantil, é uma doença causada por um vírus chamado poliovírus. Esse vírus invade o sistema nervoso e, nos casos mais graves, pode causar paralisia. Diante da alta transmissibilidade, a vacinação é a única forma de prevenção da doença. Assim, todas as crianças menores de cinco anos devem ser vacinadas.
Em que pese o Distrito Federal não tenha detectado nenhum caso desde 1987, são grandes as possibilidades da pólio voltar à ativa, principalmente pela baixa adesão da população às campanhas de vacinação.
O plano de ação apresentado pela rede pública de saúde do Distrito Federal reforça o papel da imunização como principal aliado no combate à poliomielite. Desse modo, a Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite de 2022 teve início em 8 de agosto. No entanto, o término, inicialmente previsto para 9 de setembro, precisou ser prorrogado duas vezes por conta da baixa cobertura vacinal: primeiro para 30 de setembro e, depois, para 28 de outubro.
Atualmente, o Distrito Federal aplicou 81.110 doses da vacina oral. Esse número representa 50,6% das crianças de 1 a 5 anos incompletos. A meta da pasta é vacinar um mínimo de 95% da população alvo. Entretanto, esse índice não é alcançado desde 2017.
Para se vacinar, o imunizante está disponível em todas as regiões de saúde do DF. Ao todo, são 118 salas de vacinação, que podem ser consultadas no site da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF).
Nas palavras de Lucilene Florêncio, que é secretária de Saúde: “A baixa cobertura deve ser encarada como um problema grave a ser combatido”, destaca. “O Brasil é um exemplo para o mundo na vacinação. Não podemos perder essa vanguarda”.
No mesmo sentido, a secretária de Saúde complementa: “É factível batermos a meta de vacinação no DF, temos toda a estrutura necessária para isso”, garante. “Mas precisamos do comprometimento de todos para que a população se vacine”.