Os atos antidemocráticos que aconteceram na tarde de ontem (08), na capital federal, são reflexos de um radicalismo que trouxe vândalos de todo o país.
Há mais de 40 dias grupos são mobilizados de forma expansiva em vários Estados da federação devido a vitória do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
O Partido Liberal, de Valdemar da Costa Neto e do presidente derrotado Jair Bolsonaro, alimentou a ideia que as eleições haviam sido fraudadas quando pediu ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a revisão da apuração das urnas eletrônicas.
Durante todo esse período pós eleição as manifestações eram pacíficas na frente de vários QGs e unidades do Exército brasileiro.
O ato de posse do novo presidente do Brasil, ocorrido no 1º dia do ano, foi tranquilo e contou com a atuação de um sistema que garantiu um dos mais belos e importantes eventos da democracia brasileira.
Ibaneis foi elogiado pelo Ministro da Justiça, Flávio Dino, pela exemplar segurança durante o evento.
As até então manifestações pacíficas começaram a tomar outro rumo, após a invasão do prédio da Polícia Federal que aconteceu depois do ato de posse de Lula.
Na sequência um achado de bomba implantado no Aeroporto Juscelino Kubitschek, pode ter sido o primeiro sinal de uma tragédia anunciada.
Há relatos que o governador Ibaneis Rocha (MDB) trocava informações com o ministro da Justiça sobre os ônibus que chegavam à Brasília carregados de manifestantes.
Ibaneis foi tranquilizado pelo seu próprio secretário de segurança em exercício, delegado da Polícia Federal e ex- Coordenador-Geral de Operações Integradas do Ministério da Justiça, Fernando de Sousa Oliveira.
Conforme áudio liberado pelo RADAR DF, Fernando enfatizou ao governador de que tudo estava na mais perfeita ordem e que se tratava de uma manifestação “pacifica e ordeira”, sobre o controle da PM.
Confira:
Do outro lado, o Ministro Flávio Dino também foi tranquilizado pela inteligência das forças federais que tudo estava tranquilo, sob o controle da Força Nacional, apesar de uma multidão avançar sobre a Esplanada dos Ministérios, guarnecida por poucos militares.
“Provavelmente foi iludido, foi enganado, essa apuração de responsabilidade será feita” – disse Dino sobre IBANEIS, em coletiva de imprensa convocada após os atos radicais.
Até agora não se sabe, ao certo, se a falha foi por falta de troca de informações entre órgãos de segurança como PF e PCDF, ou se foi um ato de pura negligência sinérgica.
Por decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, Ibaneis foi afastado do cargo por 90 dias para prezar a segurança das investigações.
Porém o próprio presidente Lula e o ministro Flávio Dino em suas falas isentam Ibaneis de tal orquestração.