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Parceria da Seagri e universidades traz monitoramento e prevenção da raiva

Secretaria de Agricultura reforça a importância da cooperação entre produtores para a identificação de casos suspeitos.

Uma parceria da Secretaria da Agricultura (Seagri) com a Universidade de Brasília (UnB) e o Centro Universitário de Brasília (UniCeub), realiza visitas a cavernas localizadas em propriedades rurais para manutenção de um banco cadastral e monitoramento de morcegos abrigados nestes locais.

Como ações do Programa de Controle de Raiva dos Herbívoros, essas visitas já eram realizadas no ano passado e seguem em 2023. O monitoramento servirá para unir dados para divulgação de um relatório com o mapeamento das áreas de maior risco de ocorrência da raiva no DF.

“As ações acontecem durante todo o ano e se intensificarão nos períodos de menos chuva”, afirma a subsecretária de Defesa Agropecuária da Seagri, Daniele Araújo.

A logística das visitas são muito complexas e exigem preparação e planejamento intensos, pois há mapeamento de todos os locais, além de estudar a melhor forma de entrar nas cavernas. “Uma vez, nosso servidor teve até que fazer rapel para conseguir entrar”, conta a gerente de Saúde Animal da Seagri, Janaína Licurgo.

A meta para este ano é completar a lista das 17 principais cavernas do DF com todas elas visitadas, monitoradas, cadastradas e atualizadas, segundo Janaína. “Todos os servidores, tanto da Seagri quanto das universidades, têm que estar com vacinação e sorologia em dia para participar das ações”, afirma.

Controle

A prioridade das visitas é fazer a identificação da presença do Desmodus rotundus, espécie de morcego hematófago (que se alimenta de sangue) que é o principal transmissor do vírus da raiva para bovídeos e equídeos no DF. Outras espécies de morcegos encontradas também são catalogadas para fins de pesquisa.

A Seagri segue um plano rígido para o controle da raiva com ações preventivas: vacinação de herbívoros, atendimento clínico de animais doentes e suspeitos, colheita e análise laboratorial de amostras animais, monitoramento de mordeduras por morcegos nos rebanhos, cadastramento e controle de abrigos de morcegos e atividades de educação sanitária com os produtores.

Em maio do ano passado, o primeiro caso de raiva humana foi registrado na capital em 44 anos. “O trabalho realizado pela Seagri é muito importante para evitar que essas zoonoses cheguem ao ser humano. Por isso, estamos sempre trabalhando bem próximos aos produtores rurais, em suas propriedades, e também em conjunto com a Secretaria de Saúde, que ajuda na prevenção com animais de companhia e também na orientação da população sobre o tema”, explica Daniele Araújo.

A subsecretária destaca também a importância da cooperação dos produtores para a identificação de casos suspeitos. “Quando recebemos alguma notificação de produtor de algum sinal que possa ser compatível com raiva, prontamente fazemos o atendimento e tomamos as medidas para contenção de possíveis focos”, relata.

A Gerência de Saúde Animal orienta o contato com a Seagri pelos canais disponíveis para atendimento nos seguintes casos: animais no rebanho apresentando sinais de doença compatível com raiva, com dificuldades de locomoção ou paralisia; rebanhos com feridas após mordeduras por morcegos hematófagos; e se o produtor tem ciência da presença de cavernas em sua propriedade rural.

A Secretaria de Saúde (SES) também destaca algumas recomendações como medidas de prevenção:

→ Leve cães e gatos todos os anos para receber a vacina contra raiva;
→ Em caso de mordedura, arranhadura ou lambedura por mamíferos (morcegos, gatos, cachorros, macacos, raposa, saruês, bois, ovelhas, cavalos, entre outros), procure uma unidade de saúde e informe detalhadamente o ocorrido para avaliação da necessidade de iniciar vacinação;
→ Evite mexer ou tocar em morcegos ou outros animais silvestres, principalmente quando estiverem caídos no chão;
→ Não leve animais silvestres para casa.

Cuidados

“Ressalta-se que no DF existem diversas espécies de morcegos e que todos desempenham importantes funções ambientais, sendo que a maioria se alimenta de frutos, insetos, e não está infectado com o vírus da raiva. O maior cuidado em relação a morcegos deve se dar quando se observam morcegos mortos, caídos, voando de dia, ou com outros comportamentos anormais. Nesse caso, deve-se entrar em contato com a Vigilância Ambiental da Secretaria de Saúde”, lembra a subsecretária de Defesa Agropecuária.

“O trabalho realizado pela Seagri é muito importante para evitar que essa zoonose chegue ao ser humano. Por isso estamos sempre trabalhando bem próximo aos produtores rurais, em suas propriedades, e também em conjunto com a Secretaria de Saúde, que ajuda na prevenção com animais de companhia e também na orientação da população sobre o tema”, explica Daniele Araújo.

Essa parceria entre a Seagri e SES, envolve, principalmente, o compartilhamento de informações que são referentes aos casos de raiva em animais de interesse para a saúde pública, como cães, gatos e espécies silvestres, incluindo morcegos não hematófagos e hematófagos, além de animais de produção, como bovinos e equinos.

“Essas informações auxiliam na organização das ações de controle e monitoramento frente aos casos de raiva em animais, buscando a prevenção de casos humanos e o bloqueio vacinal, se necessário, para impedir a disseminação do vírus entre as diferentes espécies”, pontua a técnica de vigilância contra raiva humana da SES, Geila Marcia.

Contatos

– Gerência de Saúde Animal: falecomadefesa@seagri.df.gov.br
Telefone: 3340-3862
– Coordenação de Controle da Raiva e Encefalopatias: raiva.eeb@seagri.df.gov.br
Núcleo Operacional Leste: 3389-3738 (WhatsApp e telefone)
Núcleo Operacional Oeste: 3484-3484 (WhatsApp e telefone)

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