Até o dia 11 deste mês, o Distrito Federal registrou uma queda de 43,1% nos casos prováveis de dengue em relação ao mesmo período do ano passado, totalizando 6.530 casos. No entanto, o índice de domicílios com larvas do mosquito Aedes aegypti aumentou de 1,1% para 1,5%, de acordo com o Levantamento Rápido de Índices para o Aedes aegypti (LIRAa), o que indica a possibilidade de um aumento da doença se as medidas preventivas não forem tomadas.
O subsecretário de Vigilância à Saúde, Divino Valero, enfatiza que é essencial evitar a reprodução do mosquito, além de controlar a população adulta com o fumacê. Ele alerta que a população precisa fazer sua parte para ajudar a conter a doença.
Nesse sentido, de acordo com o gestor, o combate à dengue deve ser realizado de forma inteligente, combinando o boletim epidemiológico, que ajuda a definir as rotas dos carros do fumacê, e o LIRAa, que auxilia na definição de ações educativas e visitas domiciliares.
“Vamos aumentar o nosso efetivo no Lago Norte”, afirma Divino Valero. Atualmente, o Distrito Federal conta com 650 agentes de vigilância ambiental, reforçados por servidores de outros órgãos, como Corpo de Bombeiros (CBMDF), Serviço de Limpeza Urbana (SLU) e administrações regionais.
No mais, embora seja esperado um aumento de larvas com o início das chuvas, o diretor de Vigilância Ambiental da Secretaria de Saúde, Jadir Costa Filho, recorda que é necessário que diversos órgãos trabalhem em conjunto para combater a infestação. “Manteremos uma série de ações para que a gente consiga combater melhor a doença”, diz.
Nesse contexto, Jadir Filho destaca que no Lago Norte a quantidade de larvas em piscinas chama a atenção, muitas vezes devido a procedimentos inadequados de limpeza. “O tratamento da piscina não está sendo feito de forma apropriada”, explica. Além disso, algumas regiões também enfrentam a recusa em receber a visita dos agentes de vigilância ambiental.
Imóveis visitados
O LIRAa no Distrito Federal foi realizado em 27.001 imóveis de 33 regiões administrativas e apontou que 1,5% deles apresentavam larvas do mosquito. O Lago Norte registrou um índice de 4,17%, já dentro da margem de risco. Outras 19 cidades apresentaram infestações entre 1% e 3,9%, e 13 regiões ficaram abaixo de 1%, considerado satisfatório. Por fim, Arniqueira não registrou larvas.