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Em Braille, Guia do Folião traz dicas de segurança para deficientes visuais

Além da distribuição desse material, haverá um espaço especial reservado para pessoas com deficiência no local dos desfiles.

O Guia do Folião em Braille foi lançado pela Associação Brasiliense de Deficientes Visuais (ABDV) e pelo Bloco dos Raparigueiros. Com o intuito de oferecer dicas de segurança e saúde, o material foi produzido em formato Braille e em tinta ampliada, a fim de possibilitar a leitura para pessoas com deficiência visual. Até o momento, cerca de 200 cópias do guia já foram distribuídas.

O guia oferece diversas dicas, incluindo a orientação para que o folião não leve objetos de valor, como talões de cheque, cartões de crédito, joias ou quaisquer itens que possam chamar a atenção. Além disso, recomenda-se evitar carregar grandes quantias em dinheiro e levar apenas o necessário em pochetes ou doleiras.

Outras sugestões incluem marcar pontos de encontro caso ocorram separações no grupo, utilizar roupas leves e sapatos confortáveis, consumir álcool com moderação e manter-se hidratado. “Essas orientações visam incentivar as pessoas a aproveitarem o lazer nas ruas com segurança”, destacou o diretor-fundador do bloco, Jean Costa.

“Costumamos dizer que a visão não nos limita e estamos mostrando isso aqui, curtindo o Carnaval”, afirmou a presidente da ABDV, Denise Braga,. “Com essa inclusão, conseguimos, ainda, chamar a atenção dos governantes e produtores de espetáculos, que precisam ser inclusivos”. Integrante da diretoria da associação, César Achkas Magalhães reforçou: “São orientações comuns para todo folião, mas, ao direcionar o material para nós, pessoas cegas, [o guia] mostra interesse em que também participemos da festa”.

O Fundo de Apoio à Cultura (FAC), ligado à Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec), destinou R$ 220 mil ao Bloco dos Raparigueiros para a realização do guia. O secretário da pasta, Bartolomeu Rodrigues, destacou que a iniciativa está alinhada com o esforço da Secec em fomentar práticas de inclusão e acessibilidade em todos os projetos culturais. “Buscamos sempre incluir pontos que incentivem a participação de pessoas com deficiência”, ressaltou.

Neste ano, foi reservado um espaço próximo ao trio elétrico para pessoas com deficiência (PCDs). O local será delimitado por cordões em formato retangular. O secretário de Cultura e Economia Criativa, César Achkas Magalhães, destaca que “Brasília está mostrando, neste Carnaval, que é a capital da diversidade”, e valoriza a importância de garantir segurança e autonomia para todos os foliões.

Iury Randley, técnico de enfermagem de 22 anos, veio de uma cidade do interior de Goiás para seu primeiro Carnaval em Brasília e escolheu o Bloco dos Raparigueiros para aproveitar a festa, atraído pelas recomendações dos amigos. “Eu tinha curiosidade de saber como era, então vim com minhas amigas que já conheciam e pude perceber que a galera aqui tem uma energia legal”, comentou.

Iury também destacou a organização e o esquema de segurança durante o desfile do bloco no domingo (19): “Estou vendo uma boa organização e um policiamento bem forte. Vai ser um Carnaval seguro, e com certeza vou indicar para meus amigos virem da próxima vez”.

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