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Não usou preservativo? SUS oferece a profilaxia pós-exposição

Prevenção de urgência, a PEP consiste na indicação de medicamentos para reduzir o risco de infecções em casos de violência sexual e também nos de relação consentida desprotegida.

Os principais métodos de proteção contra as infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) durante a prática sexual são o preservativo e o gel lubrificante. Ambos estão disponíveis gratuitamente nas unidades básicas de saúde (UBSs), que são gerenciadas pela Secretaria de Saúde (SES).

Apesar da disponibilidade do preservativo e do gel lubrificante, a rede pública de saúde adota outras estratégias de prevenção contra as infecções sexualmente transmissíveis (ISTs). Entre elas, destaca-se a profilaxia pós-exposição (PEP), indicada para pessoas que tiveram relações sexuais desprotegidas consensuais, foram vítimas de violência sexual ou tiveram contato com material biológico em acidentes de trabalho.

A PEP é uma medida de urgência que envolve o uso de medicamentos ou imunobiológicos para diminuir o risco de contrair ISTs, principalmente o HIV. O tratamento pode ser iniciado dentro de um prazo de até 72 horas após a exposição e deve ser acompanhado por um médico por um período de 28 dias para evitar a infecção.

“Se o preservativo estourou, foi mal colocado ou a pessoa não o usou, ela pode procurar uma unidade de saúde, onde vai passar por uma consulta na urgência”, explica a enfermeira responsável técnica por questões relacionadas à sífilis da Subsecretaria de Vigilância em Saúde, Daniela Magalhães.

Os setores de urgência e emergência das unidades de pronto atendimento (UPAs), os hospitais e o Núcleo de Testagem e Aconselhamento, localizado na Rodoviária do Plano Piloto, disponibilizam medidas preventivas.

Uma delas é a profilaxia pré-exposição (PrEP), que também está disponível na rede pública de saúde. A PrEP consiste no uso de antirretrovirais (ARV) para reduzir o risco de contrair a infecção pelo HIV, sendo parte integrante das estratégias de prevenção combinada do vírus.

“Esse é um medicamento que a pessoa toma antes de se expor”, pontua Daniela Magalhães. “Significa que ela vai estar mais protegida caso venha a se expor ao vírus do HIV. Ela veio primeiro para grupos mais específicos e vulneráveis, mas qualquer pessoa que queira pode fazer o uso.”

A enfermeira reforça o compromisso da saúde pública em orientar a população: “Temos que ofertar escolhas para as pessoas. Cada um deve escolher a forma de prevenção que mais combina consigo. Não estamos trocando um pelo outro, mas colocando mais uma camada de proteção”.

A profilaxia pré-exposição (PrEP) está disponível no Centro Especializado em Doenças Infectocontagiosas (Cedin) e na Policlínica de Taguatinga. Para aqueles que buscam atendimento na rede privada ou em outros serviços, a dispensação é feita na Policlínica do Lago Sul, Policlínica de Taguatinga, Policlínica de Ceilândia e Farmácia Escola do Hospital Universitário de Brasília (HUB).

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