Nesta sexta-feira (24) é celebrado o Dia Mundial de Combate à Tuberculose, criado em 1982 pela Organização Mundial da Saúde (OMS). A tuberculose é uma doença infectocontagiosa que afeta principalmente os pulmões, mas também pode acometer órgãos como ossos, rins e meninges (membranas que envolvem o cérebro).
De acordo com a Vigilância Epidemiológica, da Secretaria de Saúde do DF, no ano passado foram registrados 336 casos de pessoas infectadas e 19 óbitos na região. Até o início deste mês, 83 pacientes já foram diagnosticados com a doença.
“É fundamental que a população entenda que é uma doença que tem cura. Que não deve ser estigmatizada, qualquer pessoa pode adoecer, basta estar muito próxima ou conversando com alguém que esteja com a doença. Precisamos dar atenção aos sintomas. Ao identificá-los, procure atendimento de imediato nas unidades de saúde do DF”, ressalta a diretora substituta da Vigilância, Priscilleyne Reis.
Os primeiros sinais e sintomas mais frequentes da doença são tosse seca ou com secreção por mais de três semanas, podendo evoluir para tosse com pus ou sangue, cansaço excessivo, febre baixa – geralmente no período da tarde –, suor noturno, falta de apetite, emagrecimento acentuado e até mesmo uma rouquidão.
A transmissão do vírus é direta, de pessoa a pessoa. O doente expele, ao falar, espirrar ou tossir, pequenas gotículas de saliva que podem ser aspiradas por outro indivíduo. A recomendação é evitar estar próximo a pessoas com a doença para não desenvolver a forma ativa da tuberculose.
Uma forma de prevenção à tuberculose é a vacina BCG (Bacilo de Calmette e Guérin), indicada para prevenir as formas graves de tuberculose (miliar e meníngea). Possui esquema de vacinação em dose única o mais precocemente possível, preferencialmente nas primeiras 12 horas após o nascimento, ainda na maternidade. Na rotina, a vacina é destinada a crianças na faixa etária de até 4 anos, 11 meses e 29 dias.
Os exames para diagnóstico estão disponíveis em todas as Unidades Básicas de Saúde (UBSs). Caso o resultado seja positivo, o tratamento é feito com medicação durante seis meses, todos os dias, sem interrupção. Pessoas que tiveram contato com o paciente também devem realizar o exame nos postos, com o objetivo de interromper a cadeia de transmissão da doença.
Segundo a diretora de Vigilância Epidemiológica, o GDF tem um Plano de Enfrentamento à Tuberculose, com diretrizes norteadoras para tomadas de decisões, ações de prevenção e controle da doença. A capacitação dos profissionais de saúde é uma das ações mais importantes do plano.
“Temos nos esforçado ano a ano para a redução dos índices e controle da doença. Essas ações passam pela capacitação dos nossos profissionais e equipes de saúde. Nossas capacitações são para evitar cada vez mais os óbitos, as subnotificações, a identificação do diagnóstico e coleta de exames. Queremos garantir o atendimento padronizado à população e sensibilizar os profissionais ao máximo no tratamento”, explica a diretora.