Previsto para dezembro de 2022, a Região Administrativa (RA) de Água Quente será beneficiada com a implantação de equipamentos públicos essenciais, atendendo às necessidades e demandas dos moradores. O Governo do Distrito Federal (GDF) planeja investir R$ 60 milhões na área, abrangendo setores como saúde, educação, segurança pública, lazer e assistência social, visando fornecer uma infraestrutura adequada para a cidade.
Com o objetivo de melhorar a infraestrutura da Região Administrativa de Água Quente, as primeiras ações serão direcionadas para a área da educação, incluindo a construção de quatro unidades que oferecerão ensino desde o infantil até o médio. O plano do governo abrange a criação de creches, jardins de infância, Escolas Classe e Centros Educacionais. Essas iniciativas visam eliminar as longas viagens que os estudantes da região precisam fazer atualmente até o Recanto das Emas, cidade-mãe da RA recém-criada.
Além disso, o plano inclui a construção de uma feira permanente, espaços para atendimento das polícias Civil e Militar, uma Unidade Básica de Saúde (UBS), uma praça e um Centro de Referência de Assistência Social (Cras).
“O objetivo das escolas é eliminar a necessidade do longo transporte escolar. Vamos construir uma nova UBS, já que a atual é pequena e alugada, não oferecendo toda a estrutura necessária. Também teremos uma feira, que atualmente funciona de forma improvisada e não é regularizada pelo governo. Estamos fornecendo a infraestrutura mínima para que a cidade funcione”, explica José Humberto Pires de Araújo, secretário de Governo.
Para viabilizar a construção das escolas, serão buscados recursos junto ao Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), enquanto as demais obras serão financiadas com recursos provenientes do Tesouro.
“A Região Administrativa de Água Quente, assim como qualquer outra, necessita de equipamentos públicos para atender às necessidades da população, já que muitos moradores precisam se deslocar para cidades vizinhas para realizar suas atividades”, afirma Lúcia Gomes da Silva, administradora regional.
“É de extrema importância priorizar a implementação das escolas. Atualmente, temos crianças matriculadas no Recanto das Emas e em Samambaia, e elas precisam estar mais próximas de casa, tornando o trajeto menos cansativo não apenas para elas, mas também para os pais. Nossa cidade já possui uma população significativa, portanto é fundamental trazer saúde, educação, segurança e lazer para cá”, enfatiza a administradora.
Mariana Ayres, coordenadora da Regional de Ensino do Recanto das Emas, ressalta a importância da construção dessas unidades escolares para aliviar a demanda da rede educacional. “Atualmente, transportamos um total de 831 estudantes de Água Quente para o Recanto das Emas, abrangendo desde o primeiro ano do ensino fundamental até o ensino médio. A construção dessas escolas é fundamental para oferecermos ensino mais próximo aos estudantes. Temos grandes expectativas com relação à construção de uma creche, uma escola de educação infantil, uma escola para os anos iniciais do ensino fundamental e um Centro Educacional (CED) para os anos finais do fundamental e o ensino médio”, comenta Ayres.
A área de 55 mil m² destinada para a implantação desses equipamentos está passando por um processo de desapropriação pela Agência de Desenvolvimento (Terracap). Em seguida, a Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação (Seduh) será responsável por elaborar os projetos urbanísticos da região.
“É um grande avanço, pois estamos fornecendo a infraestrutura necessária. A região já abriga 35 mil pessoas e atende aos demais requisitos para se tornar uma região administrativa, como as condições socioeconômicas e a distância em relação a outras regiões administrativas”, acrescenta o secretário de Governo.
É importante lembrar que, do ponto de vista financeiro, Água Quente ainda está vinculada ao Recanto das Emas. Portanto, depende de emendas parlamentares e recursos provenientes da Fonte 100, destinados especificamente para ela. Isso ocorre porque o orçamento de 2023 do Distrito Federal foi definido pela Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) antes da criação das novas regiões administrativas. Para o próximo ano, espera-se que a LDO inclua Água Quente e forneça maior autonomia de atuação para a região.