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Transformando Vidas: Avanços nos Transplantes no Brasil e no Distrito Federal

A Liderança Brasileira em Transplantes e a Busca por Mais Doadores no Distrito Federal.

O Brasil, como detentor do maior programa público de transplante de órgãos, tecidos e células em todo o mundo, ocupa também a segunda posição global em número de procedimentos realizados, ficando apenas atrás dos Estados Unidos, de acordo com dados do Ministério da Saúde. Esse êxito é em grande parte atribuído ao Sistema Único de Saúde (SUS), que financia aproximadamente 88% de todas as cirurgias de transplante realizadas no país. Essa mesma tendência se reflete no Distrito Federal, onde a rede pública de saúde tem sido responsável por mais da metade dos transplantes ocorridos nos últimos cinco anos, totalizando 3.118 procedimentos desde 2019, sendo 1.633 deles financiados pelo SUS, o que representa 52% do total. Esses dados foram fornecidos pela Secretaria de Saúde (SES-DF) e pela Central Estadual de Transplantes do DF (CET-DF).

Esses procedimentos incluem 543 cirurgias realizadas até 25 de setembro, abrangendo 213 de córnea, 135 de medula óssea, 93 de rim, 81 de fígado e 21 de coração. Em 2023, essa média de 60 transplantes por mês é superior à média dos últimos quatro anos.

O aumento recente se deve à retomada das cirurgias após o período da pandemia. Durante a pandemia, houve uma redução no número de doadores, principalmente devido a traumatismo cranioencefálico, possivelmente relacionado à diminuição de pessoas nas ruas nos primeiros meses da pandemia no Brasil, resultando em menos acidentes e traumatismos. Além disso, no caso do transplante de córnea, houve um período em que a captação de doadores com parada cardíaca não pôde ocorrer, como explicou a diretora da CET, Gabriella Ribeiro Christmann.

No momento, o Distrito Federal tem a capacidade de realizar transplantes de coração, fígado, rim, córnea, medula óssea e pele por meio da rede pública. Quatro unidades são referência na realização desses procedimentos, incluindo o Instituto de Cardiologia e Transplantes do DF (ICTDF), o Hospital Universitário de Brasília (HUB), o Hospital de Base do DF (HBDF) e o Hospital da Criança de Brasília José Alencar (HCB).

No entanto, há atualmente 1.260 pacientes do DF na lista de espera por um órgão, fazendo parte do grupo nacional de receptores que conta com 66,2 mil pessoas, de acordo com dados do Ministério da Saúde. As maiores demandas de transplantes são para córneas, seguidas de pacientes renais e hepáticos.

Gabriella Ribeiro Christmann, diretora da CET, ressalta que o desafio não reside apenas no tamanho da lista de espera, mas também no baixo número de doadores. Frequentemente, familiares de potenciais doadores falecidos negam a doação de órgãos, muitas vezes por falta de compreensão da importância desse procedimento, o que dificulta a vida daqueles que necessitam de um novo órgão para sobreviver. Ela enfatiza que, na maioria dos casos, o transplante é a única esperança para pacientes graves.

Pacientes como Maria Olindina Araújo, que recebeu tratamento no ICTDF e foi submetida a um transplante de coração após uma longa espera, testemunham a transformação que esse procedimento pode proporcionar, oferecendo uma nova chance de vida. Médicos como Vitor Salvatore Barzilai, intensivista do ICTDF, enfrentam os desafios do transplante de órgãos no Brasil e destacam a necessidade de aumentar o aproveitamento de órgãos disponíveis para atender a uma demanda crescente.

Ele menciona especificamente o transplante de coração, observando que, até cinco anos atrás, apenas 6% dos corações passíveis de transplante eram efetivamente transplantados. Esse número já aumentou para 9%, e se esse percentual puder ser dobrado, a quantidade de transplantes cardíacos realizados também dobraria.

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