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Cuidando da Saúde Mental: Janeiro Branco e a Rede Pública no Distrito Federal

Promovendo a Conscientização e Assistência Integral.

A cada início de ano, a temática da saúde mental ganha destaque durante o Janeiro Branco, destacando a importância dos cuidados, prevenção e tratamento dos transtornos psíquicos. No Distrito Federal, a assistência à saúde mental inicia nas unidades básicas de saúde (UBSs), responsáveis pelo acompanhamento de casos leves, podendo avançar para as policlínicas e unidades do Centro de Atenção Psicossocial (Caps) para atender quadros moderados e graves.

A abordagem à saúde mental abrange toda a rede do DF, incentivando os profissionais das UBSs a compreenderem o estado mental dos pacientes, considerando práticas de atividade física, qualidade do sono e aspectos psicossociais. A diretora de Serviços de Saúde Mental da Secretaria de Saúde (SES-DF), a psicóloga Fernanda Falcomer, destaca que as UBSs desempenham um papel crucial na identificação de questões psíquicas.

Nas UBSs, médicos da família, enfermeiros e equipes multidisciplinares promovem ações para a saúde mental, focando na promoção, acompanhamento de casos, prescrição de medicamentos quando necessário e incentivo a hábitos saudáveis. Também são oferecidos encaminhamentos para grupos de apoio e práticas integrativas. A abordagem coletiva na Atenção Primária visa cuidar dos pacientes de maneira integrada, proporcionando identificação e apoio mútuo.

A UBS 4 do Recanto das Emas exemplifica essa abordagem, criando espaços coletivos pós-pandemia para tratar diversas questões de saúde mental, como ansiedade, luto e violências de gênero. A psicóloga Michelle Falcão destaca a importância desses grupos na promoção da saúde mental.

O aumento da procura por cuidados com a saúde mental na rede pública, especialmente após a pandemia de covid-19, é evidente. O isolamento contribuiu para agravar os quadros, mas também proporcionou uma maior reflexão e discussão sobre o sofrimento mental, tradicionalmente cercado de tabus e estereótipos.

Segundo Fernanda Falcomer, o transtorno de ansiedade é o mais comum entre os pacientes das UBSs, enquanto nas crianças, observam-se problemas de desenvolvimento e questões relacionadas às relações sociais. A diretora ressalta que o sinal de adoecimento mental inclui prejuízo na funcionalidade do paciente, acompanhado de sofrimento e redução nas atividades diárias. A psicóloga Michelle Falcão destaca a importância de buscar ajuda ao menor sinal de problemas, e os casos considerados moderados a graves são encaminhados para os atendimentos especializados nas policlínicas e em uma das  18 unidades do Caps.

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