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Estratégias Ampliadas na Luta Contra a Dengue no Distrito Federal.

Investimento de R$ 8 milhões para contratar 150 agentes no combate à dengue.

150 agentes de vigilância ambiental (AVAs) serão incorporados para intensificar a batalha contra a dengue nas ruas. Para viabilizar essa medida, o Governo do Distrito Federal (GDF) destinará um investimento de R$ 8 milhões na contratação desses profissionais. A anunciação foi realizada pela governadora em exercício, Celina Leão, durante uma reunião com secretários de governo, presidentes de empresas e administradores regionais nesta sexta-feira (12). Durante o encontro, foram delineadas estratégias para a prevenção e o enfrentamento do Aedes aegypti, o mosquito transmissor da dengue.

A necessidade de ação urgente foi evidenciada com a divulgação do primeiro boletim epidemiológico de 2024, que revelou um alarmante aumento de 207% nos casos de dengue. No período de 31 de dezembro de 2023 a 6 de janeiro de 2024, foram registrados 2.054 casos prováveis da doença, em comparação com os 669 casos notificados entre 31 de dezembro de 2022 e 6 de janeiro de 2023. Embora Ceilândia, Varjão e Brazlândia liderem em número de casos, a disseminação da doença abrange todas as áreas do Distrito Federal, destacando a urgência da atenção de todos os moradores em relação à prevenção em suas residências.

Durante a reunião, a governadora em exercício instruiu a DF Legal a impor multas a propriedades que realizarem descartes irregulares e também exigiu que o GDF efetue a limpeza das áreas sob sua responsabilidade. Uma medida adicional proposta é o plantio de mudas em locais usados como depósitos de lixo, um esforço já iniciado pelo Serviço de Limpeza Urbana (SLU) e que será reforçado pela Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap), que dispõe de 100 mil mudas para esse fim ao longo do ano.

“A dengue não pode ser combatida apenas pelo governo; todos devemos contribuir. Nossas ações são cruciais. Esse combate não é apenas uma formalidade; precisamos atuar nas áreas mais afetadas e realizar a prevenção dentro das possibilidades do Estado”, enfatizou a governadora em exercício, Celina Leão.

A chuva também foi um tópico relevante, especialmente devido às fortes precipitações no início do ano. Celina Leão destacou os desafios enfrentados durante uma semana desafiadora, ressaltando a importância da postura e da lealdade para superar os problemas. Ela também mencionou a ação de combate à dengue agendada para o próximo sábado em Ceilândia, no P Sul, onde foi observado um aumento nos casos da doença no início do ano.

A secretária de Saúde do DF, Lucilene Florêncio, participou da reunião e enfatizou a necessidade de esforços conjuntos, destacando que o mosquito não respeita fronteiras. Ela alertou para a situação crítica não apenas no Distrito Federal, mas em todo o Brasil e inclusive na Argentina, que declarou estado de emergência devido à dengue. Ela apelou para que as regiões administrativas desempenhem seu papel na remoção de resíduos das ruas para auxiliar a saúde na luta contra a proliferação do Aedes aegypti.

Dados da Secretaria de Saúde indicam que 94% das larvas do mosquito são encontradas nas residências, destacando a importância do combate à dengue no ambiente doméstico. A pasta recomenda que as famílias dediquem cerca de dez minutos por semana para identificar e eliminar recipientes que possam acumular água, proporcionando condições para a reprodução do Aedes aegypti. Nas ruas, diariamente, aproximadamente 700 profissionais dos 15 núcleos de Vigilância Ambiental realizam inspeções, verificações e eliminação de possíveis criadouros, além de vistoriarem terrenos abandonados, borracharias, floriculturas e outras áreas de risco para a proliferação do mosquito.

Além das ações preventivas, é crucial estar atento aos sintomas da dengue, como febre alta, dores no corpo e articulações, dor nos olhos, mal-estar, falta de apetite, dor de cabeça e manchas vermelhas pelo corpo. A Secretaria de Saúde recomenda procurar uma das  178 unidades básicas de saúde (UBSs) para atendimento, onde equipes estão preparadas para oferecer acolhimento e hidratação adequada. O repouso é indicado, pois não há um medicamento específico para a doença, e na maioria dos casos leves, a dengue tem cura espontânea após dez dias.

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