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Cariocas devem tomar segunda dose de vacina no mesmo posto da primeira

Os grupos prioritários para vacinação contra covid-19 na cidade do Rio de Janeiro que receberam dose de um dos dois primeiros lotes da CoronaVac começam esta semana a tomar a segunda dose do imunizante, aplicada 28 dias após a primeira. O secretário municipal de saúde do Rio de Janeiro, Daniel Soranz, faz um alerta. “A pessoa que tomou a primeira dose em uma unidade de saúde só pode tomar a segunda dose na mesma unidade. Outra recomendação é para as pessoas buscarem os postos de saúde no período da tarde, pois de manhã eles costumam ficar mais cheios”, disse hoje (22), durante participação na reunião do Comitê Especial de Enfrentamento da Covid-19.

O secretário assegurou que a segunda dose está garantida para todos que tomaram a primeira dose. “Para os dois primeiros lotes da CoronaVac, a decisão da Secretaria de Estado de Saúde e do Ministério de Saúde foi reservar a segunda dose. Foi o que a gente fez”. Ele disse ainda que, no caso dos idosos, há vacinação em domicílio.

A Coronavac é produzida pelo Instituto Butantan em parceria com o laboratório farmacêutico chinês Sinovac. O imunizante obteve aval da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para uso emergencial em 17 de janeiro e foi o primeiro a ser distribuído aos estados brasileiros para combate à covid-19.

Outra vacina que está sendo distribuída no país foi desenvolvida em parceria pela Universidade de Oxford e pela farmacêutica inglesa AstraZeneca. Um acordo selado com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) permitiu que esse imunizante também fosse produzido no Brasil. Seu regime de aplicação é distinto do da CoronaVac: a segunda dose deve ser ministrada três meses após a primeira.

Segundo dados divulgados na semana passada pela Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro, o governo fluminense recebeu cerca de 855 mil doses da CoronaVac e 185 mil do imunizante da Oxford/AstraZeneca. Todos os 92 municípios do estado receberam parcelas desse total, mas chegou a haver suspensão da vacinação na capital por falta do imunizante.

Medidas restritivas

O Comitê Especial de Enfrentamento da Covid-19 foi criado no início do ano como um dos primeiros atos do mandato do prefeito Eduardo Paes. Composto por 14 especialistas e presidido pelo secretário Daniel Soranz, ele é responsável por analisar o panorama epidemiológico da cidade e por sugerir eventuais ajustes no planejamento do combate à pandemia.

Para definir suas ações, o município utiliza uma classificação para os níveis de risco moderado, alto e muito alto, com base em indicadores como os números de óbitos e de casos graves. Segundo Soranz, decidiu-se manter as medidas restritivas para uma melhor observação, apesar de uma melhora do cenário. “No momento, a cidade se encontra no nível moderado se olharmos pelos dados epidemiológicos, mas a decisão do comitê foi manter durante essa semana as restrições de nível alto”, disse Soranz.

De acordo com o secretário, nenhuma nova restrição foi criada, sendo mantidas as que já vigoravam. “É a quarta semana que nós temos a fila zerada de pacientes esperando por um leito de covid-19. E também temos a redução da taxa de óbitos por covid-19 no Rio de Janeiro. Entretanto, consideramos ser ainda recomendável manter as medidas restritivas referentes ao nível alto”, acrescentou.

Entre as normas em vigor, está a limitação da capacidade de lotação de estabelecimentos. Restaurantes, por exemplo, devem garantir um distanciamento de 1,5 metro entre as mesas. Shoppings e supermercados só podem funcionar com dois terços da capacidade.

“É obrigatório o uso de máscara no Rio de Janeiro. É obrigatório manter o distanciamento social. Não estão permitidas festas e aglomerações. Esperamos o apoio de toda a sociedade e também a fiscalização da Secretaria Municipal de Ordem Pública e da Polícia Militar”, completou Soranz.

Fonte: Agência Brasil

Redação
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