A Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) deu início ao mês das mulheres com uma sessão solene na manhã desta quinta-feira (7), homenageando os 36 anos do Conselho dos Direitos da Mulher (CDM-DF). A iniciativa partiu da deputada distrital Dayse Amarilio (PSB), titular da Procuradoria da Mulher.
Durante a abertura da solenidade, Dayse Amarilio destacou o papel significativo do conselho na defesa dos direitos das mulheres, ressaltando sua importância na promoção da igualdade e na luta contra a violência no Distrito Federal. “Sabemos que ainda há muito a ser feito, por isso é fundamental que continuemos unidas e engajadas na luta por igualdade e respeito aos direitos das mulheres”.
Além disso, a parlamentar fez um apelo à sensibilização da sociedade sobre a realidade das agressões enfrentadas por muitas mulheres: “Temos que nos indignar sempre que vemos uma mulher sofrendo. Para se chegar no feminicídio, muita coisa aconteceu. A mulher é agredida psicologicamente, emocionalmente. Aos poucos ela vai morrendo e tudo culmina no feminicídio, quando essa mulher tenta dar um grito de liberdade”.
Giselle Ferreira, da Secretaria de Estado da Mulher e atual presidente do Conselho de Direitos da Mulher, expressou seu orgulho em liderar um governo que garanta a representatividade em espaços de decisão. “Este é um governo que não fica só no discurso. Temos várias mulheres à frente de secretarias importantes, como na saúde, na educação e na justiça”, disse.
A advogada especializada em direitos das mulheres, Lúcia Bessa, destacou três conquistas importantes do órgão. “Este conselho tem um histórico de lutas e de conquistas. Entre elas, eu gostaria de destacar a nossa Casa Abrigo, o nosso Disque-denúncia e o Plano Distrital de Políticas para as Mulheres do Distrito Federal”, exaltou.
Já a professora decana da Universidade de Brasília (UnB), Olgamir Amancia, relembrou as dificuldades que as mulheres ainda enfrentam, mesmo em ambientes mais plurais, como as universidades.
“A universidade é o lugar da emancipação, mas ao mesmo tempo ainda está profundamente ligada às estruturas sociais. Após mais de 60 anos, conseguimos eleger a primeira mulher reitora da UnB. Somos maioria nos espaços de pesquisa, somos maioria na graduação, somos maioria na pós-graduação. Entretanto, quando se olham os espaços de decisão e gestão, a presença das mulheres não está dada. O nosso desafio de romper essa lógica é gigante. Só temos como enfrentar e superar as contradições dessa realidade com uma educação emancipatória”, observou Amancia.
Por fim, ao encerrar a solenidade, foram concedidas moções de louvor a mulheres de destaque pelos relevantes serviços prestados ao Distrito Federal. O evento marca o início de uma série de atividades em celebração ao mês das mulheres na Câmara Legislativa.