A Câmara Legislativa realizou uma sessão solene na última sexta-feira (7) para celebrar os 38 anos dos Centros de Vivências Lúdicas da rede pública de ensino do Distrito Federal. Esses centros são compostos por oficinas pedagógicas que oferecem formação continuada para docentes da educação básica, utilizando vivências lúdicas, jogos e outros recursos pedagógicos.
Autor da iniciativa da homenagem, o deputado Gabriel Magno (PT), que também é professor da rede pública, ressaltou a importância das oficinas pedagógicas para a educação no DF. “É um projeto de vanguarda de uma cidade que nasceu para ser modelo para o país na área de políticas públicas”, observou.
Magno também se comprometeu a lutar para fortalecer as oficinas públicas por meio do orçamento público. “Estamos lutando para colocar as oficinas pedagógicas no orçamento. Política pública precisa de recursos e apoio. Nosso objetivo é garantir uma rubrica na lei orçamentária para financiar as oficinas pedagógicas”, afirmou.
Diversos professores compartilharam suas experiências como alunos das oficinas pedagógicas. Um dos relatos foi de Juliana Gonçalves Dias da Costa, que disse: “Minha trajetória nas oficinas foi memorável. Pude me encantar com tantos cursos, como rodas de brincar, musicalização e contação de histórias”.
Nesse sentido, a professora aposentada Aldanei Menegaz de Andrade elogiou o trabalho realizado nos centros: “A oficina pedagógica representa um jeito novo de ensinar. É a busca por uma educação de qualidade, por ludicidade, por uma forma de transformar cidadãos para um mundo melhor”, exaltou.
Representando a Escola de Formação Continuada dos Profissionais da Educação, Luciana de Almeida Ribeiro destacou a importância das oficinas em sua atuação profissional. “Sou professora há 27 anos e nas oficinas eu me constituí como contadora de histórias. Esse é um trabalho realizado por um grupo de pessoas encantadas nas 14 regionais de ensino com a missão de garantir que é possível aprender brincando”, ressaltou.
A subsecretária Maria das Graças de Paula Machado, falando em nome da Secretaria de Educação do DF, resumiu a essência das oficinas para os professores da rede pública de ensino: “a ludicidade das oficinas é o momento em que muitas vezes nós colocamos para fora aquilo que está guardado”.
A professora Simone Moura Gonçalves, da oficina pedagógica do Núcleo Bandeirante, também parabenizou os Centros de Vivências Lúdicas por seus 38 anos, mas aproveitou a oportunidade para defender mais recursos para o projeto. “A portaria que regulamenta as oficinas pedagógicas determina que haja pelo menos dois professores nas oficinas para cada 25 escolas, mas isso não é cumprido na integralidade. Além disso, os espaços das oficinas eram maiores e alguns vêm sendo reduzidos. Há lugares sem ventilação adequada, sem a estrutura que a formação precisa. Muitas vezes o espaço é utilizado para reuniões. Precisamos da garantia de um espaço adequado e voltado somente para esse trabalho”, cobrou.
Cabe pontuar que ao final da solenidade, foram conferidas moções de louvor para os profissionais responsáveis pelos Centros de Vivências Lúdicas.