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Morte do jornalista Vladimir Herzog completa hoje 49 anos

Considerado por muitos historiadores um dos principais marcos na luta contra a ditadura cívico-militar no Brasil, o assassinato do jornalista, professor e dramaturgo Vladimir Herzog (Vlado), completa hoje (25) 49 anos. Assassinado em uma cela das dependências do Destacamento de Operações de Informações – Centro de Operações de Defesa Interna (antigo Doi-Codi), órgão de repressão e da prática de torturas à época do regime militar, teve seu atestado de óbito forjado como “suicídio”, fraude que foi descontruída anos depois.


São Paulo (SP) - Instituto Vladimir Herzog lança campanha para oficializar 25 de outubro como dia nacional da democracia. Foto: Acervo/Instituto Vladimir Herzog
São Paulo (SP) - Instituto Vladimir Herzog lança campanha para oficializar 25 de outubro como dia nacional da democracia. Foto: Acervo/Instituto Vladimir Herzog

 Instituto fez campanha para oficializar 25 de outubro como dia nacional da democracia. Foto: Wilson Ribeiro/Acervo Vladimir Herzog

Herzog havia sido preso por suspeita de ligação com o Partido Comunista Brasileiro (PCB). Torturado e morto, a alegação oficial foi a de que teria se enforcado com um cinto em sua cela. Fotos forjadas chegaram a ser divulgadas. No entanto, em 1978 a Justiça brasileira decidiu pela condenação da União pelo crime.

Vlado Herzog nasceu em 1937, na Croácia (antiga Iugoslávia), morou na Itália e veio ao Brasil em 1942. Naturalizou-se brasileiro, mudou seu nome para Vladimir, morou em São Paulo e começou a trabalhar como jornalista em 1959. Passou por veículos como BBC, quando morou em Londres, pelo jornal O Estado de São Paulo e pela TV Cultura.

Também foi professor de telejornalismo na Fundação Armando Álvares Machado (FAAP) e Escola de Comunicações e Artes da USP.

O jornalista dá nome ao Instituto Vladimir Herzog, que tem por missão a defesa dos valores da democracia, dos direitos humanos e da liberdade de expressão. Concede anualmente um dos principais prêmios de jornalismo do país.

O projeto de Lei (PL) 6.103/2023, que prevê oficializar 25 de outubro como dia nacional da democracia, foi apresentado em dezembro do ano passado pela senadora Eliziane Gama (PSD-MA) e aguarda envio às comissões. A data marca o aniversário do assassinato do jornalista.

Na edição deste ano, a Empresa Brasileira de Comunicação (EBC) ganhou prêmios em duas categorias: por imagem do fotógrafo Paulo Pinto, e vídeo, pela reportagem especial “Inocentes na prisão”, exibida no programa Caminhos da Reportagem, feita pela equipe formada por Ana Passos, Gabriel Penchel, Adaroan Barros, Caio Araújo, Carlos Junior, Alex Sakata e Caroline Ramos.

Fonte: Agência Brasil

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