Em uma entrevista ao programa “Café com Política”, promovido pelo Sindilegis-DF, Karol Guimarães, candidata à presidência da OAB-DF pela chapa “A OAB Que Eu Preciso”, reafirmou seu compromisso com a defesa das prerrogativas e direitos dos advogados. Segundo Karol, a advocacia está cercada por violações e desrespeitos que exigem ações imediatas da Ordem, incluindo maior fiscalização e combate a abusos. “A situação é insustentável e exige uma postura corajosa, ativa e de fiscalização implacável”, enfatizou.
Apresentando números alarmantes, Karol destacou mais de 3 mil violações de prerrogativas registradas apenas no primeiro trimestre deste ano. “É um ultraje, um golpe à nossa profissão e à sociedade. A OAB precisa erguer-se à altura do que representa e agir com firmeza para proteger a honra e dignidade da advocacia”, declarou.
Entre suas propostas, Karol defende uma vigilância ativa em delegacias e fóruns e sugere a adoção de inteligência artificial para monitorar o Diário de Justiça Eletrônico, identificando publicações que possam prejudicar advogados. Ela também propõe que os advogados tenham acesso a um botton com função de gravação para registrar eventuais abusos. “Já vivenciei abusos sem meios de registrar. Com o recurso da gravação, isso teria sido diferente”, compartilhou.
A candidata fez duras críticas à atual estrutura da Escola Superior de Advocacia da OAB/DF (ESA-OAB/DF), que, segundo ela, atende a um grupo restrito. Ela propõe a democratização da ESA, com capacitação acessível e inclusiva para todos. “É inconcebível que a ESA opere como um clube fechado. Essa escola precisa estar aberta para todos os advogados,” afirmou.
Karol também destacou seu compromisso com uma campanha que representa “100% da advocacia”, sem elitismos. Em tom de crítica, ela questionou os gastos milionários dos adversários em eventos luxuosos, como festas no Cota Mil e no Centro de Convenções Ulisses Guimarães. “Não estamos aqui para festejar; estamos para lutar pela dignidade da advocacia. A ostentação de uma campanha luxuosa é, no mínimo, um insulto ao propósito da Ordem”, concluiu.