Nesta segunda-feira (4/11), em uma entrevista ao vivo ao Metrópoles, Karol Guimarães, candidata à presidência da seccional do Distrito Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-DF), apresentou as propostas da Chapa 99 – “A OAB que Eu Preciso”. Com Antônio Gomes como vice, Karol destacou iniciativas voltadas à defesa das prerrogativas da advocacia e à promoção de oportunidades para os profissionais do setor.
Com experiência na diretoria da Subseção de Taguatinga da OAB-DF (2016-2018) e na Comissão Criminal da seccional (2013-2015), além de passagens pela administração pública como subsecretária de Saúde do Distrito Federal (2019) e administradora regional de Taguatinga (2017-2019), a candidata propôs a implantação de um sistema de inteligência artificial para monitorar, em tempo real, o Judiciário e outros órgãos públicos. “São dois pilares de que a advocacia precisa: dinheiro no bolso e respeito. Vamos trabalhar na fiscalização do Judiciário, com IA acompanhando o Diário de Justiça e as fixações de honorários abaixo do mínimo legal”, afirmou Karol.
Para auxiliar nesta fiscalização, Karol propõe o uso de “botões inteligentes” que gravam e filmam, possibilitando que advogados documentem suas interações profissionais. “Precisamos de um protótipo para avaliar os custos desse equipamento”, explicou.
Fortalecimento da classe e inovação jurídica
Outro ponto forte de sua candidatura é a criação de um centro de inovação jurídica com suporte especializado para advogados em início de carreira e ferramentas de pesquisa. Karol também propõe fundar a Universidade Corporativa da OAB-DF, oferecendo cursos presenciais e online, além de programas de pós-graduação. “Precisamos de oportunidades para qualificação e de colocar dinheiro no bolso”, disse, destacando a importância de capacitação contínua.
Em sua plataforma, ela sugere ainda a criação de um plano de saúde e previdência privada específicos para advogados, bem como um sistema para facilitar o recebimento de honorários.
Diferença entre candidatos
Apresentando-se como alternativa aos grupos tradicionais da OAB-DF, Karol afirmou representar os profissionais que se sentem excluídos da Ordem. “Nossa chapa é para a advocacia excluída. Eles, das outras chapas, revezam-se no poder há 20 anos, enquanto os direitos são liberados aos poucos. Vamos colocar as coisas a limpo para a advocacia e a sociedade”, concluiu.