A Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) intensificou as ações de combate à dengue em locais de grande circulação, como a Rodoviária do Plano Piloto, estações de metrô e feiras permanentes em diversas regiões administrativas. Entre as medidas adotadas está a aplicação da técnica de Borrifação Residual Intradomiciliar (BRI), que utiliza inseticidas de longa duração para reduzir a presença do mosquito transmissor.
Estratégia ampla e eficaz
A borrifação será realizada até maio em feiras locais de Águas Claras, Gama, Cruzeiro, Fercal, Guará, Núcleo Bandeirante, Paranoá, Planaltina, Plano Piloto, Recanto das Emas, Riacho Fundo e Riacho Fundo II. Segundo Edi Xavier, gerente de Vigilância de Vetores e Animais Peçonhentos da SES-DF, a técnica é especialmente eficaz em locais de grande movimentação. “O produto aplicado tem poder residual prolongado. Quando os mosquitos repousam nas superfícies tratadas, entram em contato com o inseticida e são eliminados”, explica.
Os principais focos de pulverização incluem áreas próximas a banheiros, espaços de convivência e corredores. A SES-DF assegura que o método é seguro para a população, animais domésticos e o meio ambiente.
Números e tecnologia no combate ao mosquito
Além da borrifação, o DF ampliou o contingente de agentes de vigilância ambiental (AVAs), de 415 para 915, e de agentes comunitários de saúde (ACSs), de 800 para 1,2 mil. A Defesa Civil também reforçou suas equipes, passando de 70 para 109 agentes. O uso de tecnologias também foi expandido, com a aquisição de drones e um aplicativo de georreferenciamento para identificar e monitorar focos do mosquito.
Atualmente, 657 smartphones auxiliam os agentes, e o número de estações disseminadoras de larvicida subiu de 2,3 mil para cerca de 4 mil. Essas armadilhas já foram instaladas em regiões como Sol Nascente/Pôr do Sol, com previsão de expansão para Água Quente e Recanto das Emas. Em 2025, também está prevista a instalação de 6 mil ovitrampas.
Resultados expressivos e desafios futuros
O DF registrou uma queda expressiva nos casos prováveis de dengue. Na primeira semana de 2025, foram notificados 196 casos, uma redução de 97,6% em relação ao mesmo período de 2024, quando os números chegaram a 8.228.
A secretária de Saúde, Lucilene Florêncio, destacou a importância de manter os esforços. “Não é porque tivemos uma redução de quase 98% nos casos neste início de ano que podemos relaxar. Temos que continuar investindo para que a dengue não faça mais vítimas”, afirmou.