A Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) promoveu, nesta segunda-feira (10), uma reunião pública para discutir os desafios no combate à hanseníase. O evento, alusivo à campanha Janeiro Roxo, teve como objetivo ampliar a conscientização sobre a doença e foi organizado pelo deputado Fábio Félix (PSOL). “A questão do estigma e da discriminação em relação a essa doença é algo histórico, e esse evento de hoje é um momento de reflexão sobre o tema. É preciso que as pessoas conheçam mais sobre a hanseníase”, destacou o parlamentar.
Durante a reunião, especialistas esclareceram aspectos clínicos da doença, reforçando que a hanseníase tem tratamento e cura. A médica Letícia Oba, da Sociedade Brasileira de Dermatologia, ressaltou a necessidade de a sociedade se unir para reduzir os impactos da doença. “A hanseníase é prevenível e tratável. Precisamos trabalhar juntos para promover mais saúde”, afirmou.
A dermatologista Nádia Aires, responsável pelo ambulatório de hanseníase do Hospital Regional da Asa Norte (HRAN), destacou a importância do tratamento adequado. “É uma doença incapacitante, e por isso o cuidado é essencial. O tratamento oferecido gratuitamente pelo SUS pode evitar sequelas e levar à cura”, explicou.
O encontro também abordou estratégias para melhorar o diagnóstico e o acesso ao tratamento, além das consequências psicológicas, sociais e laborais para os pacientes. A discussão foi transmitida pela TV Câmara Distrital e está disponível na íntegra no YouTube.
A hanseníase, anteriormente conhecida como lepra, é uma doença infecciosa crônica causada pela bactéria Mycobacterium leprae. Afeta principalmente a pele, os nervos periféricos, os olhos e as mucosas do trato respiratório superior. Apesar de ser uma doença antiga, ainda persiste em diversas regiões do mundo, exigindo ações constantes de prevenção, diagnóstico precoce e tratamento adequado.