Um homem bateu boca com uma médica emergencista na porta do Hospital Regional de Ceilândia (HRC).
O vídeo que mostra o momento da discussão, que tem até dedo na cara, circula nas redes sociais.
Nas imagens, gravadas nesta semana, o homem critica a mudança no fluxo do pronto-socorro para acolher pacientes com o novo coronavírus.
“Agora, é só Covid, só Covid. É lamentável a nossa situação. Os moradores de Ceilândia merecem respeito. E queremos nosso pronto-socorro de volta, para amanhã, para ontem”, disse.
A mulher, então, aparece com equipamento de proteção individual (EPI).
A médica que atua no pronto-socorro do HRC chama o homem de “irresponsável” e uma discussão se inicia.
“Entra lá para você ver a situação da Covid. Entra lá para você ver, seu irresponsável”, afirmou.
Com a negativa do homem, ela esbravejou: “Fora daqui”. “Tira o dedo da minha cara”, respondeu o reclamante.
O homem volta a atenção para a câmera e diz: “Isso aqui, ó, é puxa-saco do secretário de Saúde. Só tá morrendo gente de Covid? Não”.
“Hospital de Samambaia não tem pronto-socorro. Por que não levaram para lá? Por que tiraram nosso pronto-socorro do Hospital de Ceilândia?”,questionou.
Por fim, irritado, ele bradou contra a médica:
“Vai cuidar da sua vida, louca, doente. Vai se internar. Arruma um psiquiatra para essa mulher aí. Arruma aí. Sua petista. Sai daqui, pão com mortadela. É petista. Prefiro ser Bolsonaro do que uma petista”.
Ceilândia é a região do Distrito Federal que tem mais infectados pelo novo coronavírus e a cidade com mais mortes provocadas pela Covid-19.
Foram diagnosticados com o novo vírus 2.501 moradores, e 58 pessoas que viviam na cidade perderam a vida após a infecção.
Os dados são do Painel Covid-19, do Governo do Distrito Federal (GDF), atualizado às 12h desta sexta-feira (12/06).
Desde segunda-feira (08/06), o pronto-socorro ortopédico e de cirurgia geral do HRC foi transferido para o Hospital Regional de Santa Maria (HRSM) e para o Hospital Regional de Taguatinga (HRT).
Os leitos dessas duas especialidades no HRC passaram a atender apenas pacientes com a Covid-19, situação que deve permanecer por dois meses.
*Com informações do Metrópoles