O fechamento parcial das atividades por 72 horas em Ceilândia não surtiu o efeito esperado pelo Executivo distrital na luta contra o novo coronavírus.
Segundo a Casa Civil do Distrito Federal, a medida não conseguiu sensibilizar os moradores da região.
As aglomerações continuam a ser constantes na cidade (foto em destaque).
No primeiro dia do pré-lockdown determinado pelo Governo do Distrito Federal (GDF), 8 de junho, o sistema de monitoramento da Casa Civil flagrou 13 pontos de aglomeração de pessoas em Ceilândia.
No dia 9, o total recuou para cinco.
Mas no terceiro dia de restrição, eram sete os pontos de aglomeração e o número não regrediu mais, chegando a 14 locais no domingo (14/06).
“Na verdade, não melhorou nada não”, afirmou o subsecretário de Inovação da Casa Civil do DF, Paulo Medeiro.
Na avaliação de Medeiro, o cenário de Ceilândia na pandemia é crítica. “A situação em Ceilândia é vermelha”, alertou.
Nove das 29 mortes em decorrência do novo coronavírus computadas pela Secretaria de Saúde nessa terça-feira (16/06) foram de moradores de Ceilândia.
Com os novos números, o total de mortos pela doença no DF chegou a 317, sendo 78 em Ceilândia.
Isolamento baixo na Estrutural
Além de Ceilândia, o aumento de casos de Covid-19 no Pôr do Sol/Sol Nascente e na Estrutural também levou o governo local a impor medidas de restrição nessas localidades.
Novamente, os resultados se mostraram insuficientes.
Na segunda-feira (15/06), a taxa de isolamento na Estrutural foi de apenas 27% – a menor já registrada em todo o Distrito Federal e também na região, segundo Paulo Medeiro.
Apenas dois em cada 10 moradores da cidade mantinham o isolamento social naquela data.
*Com informações do Metrópoles