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Após 13 anos, Lula voltará à Presidência da República

O petista saiu vitorioso após ultrapassar os 50% dos votos válidos. Será seu terceiro mandato para governar o país.

Neste domingo (30) aconteceu o segundo turno das eleições de 2022. O pernambucano Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi eleito com 50,9% dos votos (60.345.999) contra o atual presidente e candidato a reeleição Jair Bolsonaro (PL) que obteve 49,1% dos votos válidos (58.206.354).

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) divulgou dados que mostram que o petista teve mais votos no interior do Brasil e seu adversário teve mais vantagens nas capitais. Apesar desse destaque de Bolsonaro nas capitais, Lula teve vitória conquistada nos municípios brasileiros. Foi vencedor em 3.123 cidades brasileiras. O atual presidente ganhou em 2.444 municípios.

Esse resultado é inédito no Brasil, pois Bolsonaro é o primeiro presidente que não consegue se reeleger no país desde 1998, quando o a reeleição foi estabelecida. Além disso, Lula será o segundo chefe de Estado que comandou o país por mais tempo, atrás apenas de Getúlio Vargas. No caso do petista, todo o período no poder foi conquistado de forma democrática, por eleições diretas.

Em seu primeiro discurso após o resultado das urnas, Lula afirmou que é necessário “restabelecer a paz entre os divergentes”. Ainda ressaltou que irá governar para todos os brasileiros, e não só para os que votaram nele. Para o presidente eleito, “não existem dois Brasis”.

“Meus amigos e minhas amigas. A partir de 1º de janeiro de 2023, vou governar para 215 milhões de brasileiros e brasileiras, e não apenas para aqueles que votaram em mim. Não existem dois Brasis, somos um único país, um único povo, uma grande nação”, afirmou Lula.

Lula ainda falou sobre o ódio propagado no Brasil. “Não interessa a ninguém viver numa família onde reina a discórdia. É hora de reunir de novo as famílias, refazer os laços de amizade rompidos pela propagação criminosa do ódio. A ninguém interessa viver em um país dividido, em permanente estado de guerra”, argumentou. “É hora de baixar as armas, que jamais deveriam ter sido empunhadas. Armas matam. E nós escolhemos a vida”, acrescentou.

O presidente eleito afirmou que o combate à fome e à miséria vão ser compromisso número 1 de seu governo. “Nosso compromisso mais urgente é acabar outra vez com a fome. Não podemos aceitar como normal que milhões de homens, mulheres e crianças neste país não tenham o que comer, ou que consumam menos calorias e proteínas do que o necessário”, disse Lula.

“Se somos o terceiro maior produtor mundial de alimentos e o primeiro de proteína animal, se temos tecnologia e uma imensidão de terras agricultáveis, se somos capazes de exportar para o mundo inteiro, temos o dever de garantir que todo brasileiro possa tomar café da manhã, almoçar e jantar todos os dias”, prosseguiu o petista.

No discurso, falou sobre a relação com o mundo político. “Vamos também restabelecer o diálogo entre governo, empresários, trabalhadores e sociedade civil organizada, com a volta do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social”.

Outro destaque foi a proteção da Amazônia. “Em nosso governo, fomos capazes de reduzir em 80% o desmatamento na Amazônia, diminuindo de forma considerável a emissão de gases que provocam o aquecimento global. Agora, vamos lutar pelo desmatamento zero da Amazônia”, afirmou o presidente eleito. “O Brasil e o planeta precisam de uma Amazônia viva. Uma árvore em pé vale mais do que toneladas de madeira extraídas ilegalmente por aqueles que pensam apenas no lucro fácil, às custas da deterioração da vida na Terra”, continuou Lula.

Com relação ao mundo, Lula coloca que quer “reconquistar a credibilidade, a previsibilidade e a estabilidade do país, para que os investidores – nacionais e estrangeiros – retomem a confiança no Brasil”.

“Hoje nós estamos dizendo ao mundo que o Brasil está de volta. Que o Brasil é grande demais para ser relegado a esse triste papel de pária do mundo”, continuou.

Governo de transição

A transição governamental tem início nesta segunda-feira (31), na qual teve seu início com a proclamação do resultado da eleição presidencial e se encerra com a posse do novo presidente da República.

No entanto, essa troca, pode sofrer com impasses, pois o Jair Bolsonaro ainda não se manifestou sobre a derrota nas urnas e não deu sinais de cooperação para a transição.

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