A previsão de retorno das aulas presenciais na rede pública de ensino do Distrito Federal está mantida.
Pelo calendário da Secretaria de Educação, os colégios reabrem as portas, gradualmente, a partir do dia 31 de agosto.
Apesar da data, o GDF afirma que a volta está condicionada à segurança da comunidade escolar.
“Nenhuma decisão será tomada de forma que coloque em risco a saúde de estudantes, de professores, dos demais servidores que atuam nas escolas e das pessoas que precisam ir às unidades de ensino, como os pais e responsáveis. A Secretaria de Educação só irá retomar as atividades presenciais se houver todas as condições de segurança de saúde e controle da curva da pandemia”, informou a pasta por meio de nota.
Caso a retomada ocorra, haverá protocolos rigorosos, como distanciamento mínimo, fornecimento de álcool em gel, uso de máscaras de proteção facial e aferição de temperatura.
“Já foi feita a desinfecção e a higienização em quase 100% das escolas, em parceria com o programa Sanear DF, que vai seguir até o fim do ano letivo”, frisou a Educação.
A manutenção da data de retorno, no entanto, é questionada por professores e diretores de escolas.
A decisão de adiar o retorno presencial dos docentes da rede pública de ensino do Distrito Federal para o início do período de apresentação, ambientação e formação dos servidores, fez parte da comunidade acadêmica acreditar que os alunos não estarão em sala de aula no dia 31, como previsto em calendário escolar.
Os educadores retomariam as atividades na próxima segunda-feira (17/8), entretanto, uma avaliação da Secretaria de Saúde fez com que a Educação prorrogasse a data.
Assim, o Sindicato dos Professores do DF, diretores de escolas do Núcleo Bandeirante, Estrutural, Ceilândia e Samambaia, começaram a conversar com a categoria sobre a possibilidade de a volta gradual dos estudantes não ocorrer na data prevista.
“A logística para o retorno foi quebrada. Não houve estrutura necessária para a testagem, isso quebra o ciclo que previsto para o retorno em 31 de agosto”, afirmou a diretora do Sinpro-DF, Rosilene Corrêa.
Além disso, Rosilene ressalta que, mesmo com a testagem, o retorno na data é precoce.
“Os números do DF não estão reduzindo. A pandemia manda que as escolas não voltem. O ideal é repensar uma calendário escolar que dissolva o conteúdo do ano de 2020 em 2021 e 2022”, acredita.
Em uma das circulares encaminhadas pelos diretores das escolas aos docentes, a gestão escolar ressalta que “não há nova previsão de retorno às atividades presenciais dos servidores das unidades escolares. Para que isso ocorra, deverá haver a testagem antes desse retorno. Quando houver uma nova data, divulgarão por meio da CRE ou meios oficiais de comunicação. Aguardemos!”, diz o texto.
A Secretaria de Educação informou que o adiamento do início do período de apresentação, ambientação e formação dos servidores que atuam nas unidades escolares ocorreu para manter a segurança da comunidade.
“A Secretaria de Saúde, área responsável pela testagem dos profissionais da educação, avaliou que é mais eficiente e adequado realizar esse processo em data mais próxima do início das aulas presenciais. A testagem de todos os profissionais de ensino está garantida e irá ocorrer por grupos, de forma escalonada”, esclareceu.
*Com informações do Metrópoles.