Depois que a defesa pediu a liberdade do ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Anderson Torres, o Ministério Público Federal se posicionou a favor da solicitação para anular a prisão.
Na manifestação pela soltura, o subprocurador-geral da República e coordenador do Grupo Estratégico de Combate aos Atos Antidemocráticos, Carlos Frederico Santos, disse que, em vez de ficar preso, Anderson Torres pode utilizar tornozeleira eletrônica; ficar proibido de se ausentar do Distrito Federal e de manter contato com os demais investigados; e continuar afastado do cargo de delegado da Polícia Federal.
Preso desde 14 de janeiro, por determinação do STF, o Supremo Tribunal Federal, Torres já teve outro pedido de liberdade negado antes. Desta vez, o subprocurador-geral considerou que as medidas cautelares são menos graves do que a prisão e, por isso, mais adequadas ao caso. A defesa do ex secretário argumenta que ele não oferece risco às investigações.
Torres é investigado em inquérito do STF por, supostamente, ter se omitido da função de secretário de segurança, durante os atentados antidemocráticos em 8 de janeiro, em Brasília. Enquanto centenas de pessoas atacavam os prédios dos três poderes, ele estava em viagem aos Estados Unidos.
O Grupo Estratégico de Combate aos Atos Antidemocráticos inclusive identificou a existência de indícios de que Torres tinha conhecimento das manifestações antidemocráticas e que mais de 130 ônibus chegariam à capital federal.
Fonte: Agência Brasil