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Justiça bloqueia redes sociais de influenciadoras acusadas de racismo

A Justiça do Rio de Janeiro bloqueou as redes sociais de duas influenciadoras digitais que ofereceram uma banana e um macaco de pelúcia a duas crianças negras. As imagens foram publicadas nas plataformas digitais na internet e o juiz também determinou a remoção dos vídeos.

A decisão, da juÍza Juliana Cardoso Monteiro de Barros, da Vara da Infância, da Juventude e do Idoso, da Comarca de São Gonçalo, na região metropolitana do Rio de Janeiro, bloqueia, pelo prazo de seis meses, os perfis e conteúdos das influenciadoras no YouTube, Instagram e TikTok. Também determina que ambas fiquem impedidas, pelo mesmo período, de criar perfis nas redes sociais, bem como de se apresentar de qualquer forma em outros perfis, sob pena de multa diária de R$ 5 mil.

Em seus argumentos, a 1ª Promotoria de Justiça da Infância e da Juventude de São Gonçalo destaca que as influenciadoras são titulares de canais nas três plataformas, apresentando diversos vídeos com a participação de crianças, adolescentes e idosos. O vídeo em questão, que infere a prática de racismo, é objeto de investigação pela Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância. O número de seguidores inscritos nas redes sociais das influenciadoras já ultrapassou 14 milhões de pessoas, o que potencializa as visualizações.

Em um trecho da decisão, a Justiça avalia que “as imagens publicadas nas redes sociais das mulheres, filmando as reações das crianças ao receberem os presentes, no caso a banana e o macaco de pelúcia, expõem os menores a situação vexatória e degradante.

Após a repercussão, os vídeos foram apagados. Em nota, a defesa das influenciadoras alegou que elas não tinham intenção de fazer qualquer referência a temáticas raciais ou à discriminações de minorias.

* Com informações da Agência Brasil.

Fonte: Agência Brasil

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