Os acusados de matar o congolês Moïse Kabagambe serão julgados por júri popular. A decisão é da 1ª Vara Criminal da Capital, que também manteve a prisão preventiva dos réus. O tribunal considerou que os motivos para a prisão permanecem inalterados e que ela é necessária para resguardar a integridade física e psicológica das testemunhas, que poderão ter que prestar declarações. O julgamento ainda não tem data marcada.
Moise tinha 24 anos e foi morto na noite do dia 24 de janeiro de 2022 em um quiosque na praia da Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio de Janeiro. Ele ja tinha trabalhado no local e, segundo a família, foi até o quiosque naquele dia para cobrar pagamentos atrasados. Após discutir com um homem, foi agredido com um taco de beisebol, socos, chutes, tapas e em seguida amarrado por outros três. Brendon Alexander da Silva, Aleson Cristiano Fonseca e Fábio Pirineus da Silva foram presos preventivamente cerca de uma semana depois.
Toda a ação foi registrada por câmeras de segurança. O laudo do Instituto Médico Legal indicou que a causa da morte foi traumatismo do tórax, com contusão pulmonar, causada por ação contundente.
Após a repercussão do caso, a família do jovem congolês recebeu da prefeitura a concessão de um quiosque comercial no Parque Madureira, na zona norte da cidade. Em junho de 2022, foi sancionada uma Lei Estadual reconhecendo o 24 de janeiro como Dia do Refugiado Africano. A data, escolhida em homenagem à Moïse, passou a figurar no calendário oficial do estado.
Fonte: Agência Brasil