Os acusados da morte da auxiliar de serviços gerais Claudia Silva Ferreira, os policiais Rodrigo Medeiros Boaventura e Zaqueu de Jesus Pereira Bueno, foram absolvidos. O caso aconteceu há 10 anos, no Morro da Congonha, em Madureira, Zona Norte do Rio de Janeiro.
Cláudia levou um tiro durante uma operação e foi socorrida pelos policiais, que a colocaram no porta-malas. No trajeto para o hospital, o porta-malas se abriu e ela foi arrastada pela rua, por mais de 300 metros. Um homem registrou o momento, em um vídeo que teve repercussão nacional e internacional. Claudia já chegou morta ao Hospital Carlos Chagas.
De acordo com a decisão judicial não há indícios suficientes acerca da autoria capazes de responsabilizar os acusados, e infere-se que eles tenham agido por legítima defesa para repelir agressão provocada por criminosos.
Após a absolvição, Rodrigo Medeiros Boaventura ganhou um cargo na Vice-Governadoria do estado do Rio. Os acusados também foram absolvidos do crime de fraude processual, por terem removido o corpo de Cláudia, alterando a cena do crime. O documento aponta que os acusados tentaram, na realidade, socorrer a vítima.
Também foram absolvidos desta acusação os policiais Adir Serrano, Alex Sandro da Silva, Rodney Miguel e Gustavo Ribeiro.
O documento destaca que a enfermeira que atendeu Cláudia relatou que acreditava que a vítima ainda estava viva quando chegou ao hospital e, além disso, todos os acusados afirmaram de forma unânime que a vítima apresentava sinais vitais, por isso foi socorrida.
O juiz Alexandre Abrahão Dias Teixeira condenou ainda, na mesma decisão, Ronald Felipe dos Santos, acusado de fazer parte do grupo criminoso que na ocasião efetuou diversos disparos.
A família de Cláudia Silva Ferreira celebrou acordo com o Estado, para indenização por danos morais e materiais em razão da morte da auxiliar de serviços gerais.
Fonte: Agência Brasil