Começou nesta terça-feira (26), no Fórum Estadual da Comarca do município de Estância, em Sergipe, o julgamento dos três ex-policiais rodoviários federais acusados de tortura e homicídio triplamente qualificado contra Genivaldo de Jesus Santos.
A sessão do Tribunal do Júri, que é composta por sete jurados, sendo quatro homens e três mulheres e presidida pelo juiz Rafael Soares Souza, vai definir a absolvição ou a condenação dos acusados. Caso sejam considerados culpados, o juiz determina a pena de cada réu.
Na frente do Fórum, familiares e amigos acenderam velas em memória de Genivaldo e protestaram por justiça.
O julgamento tem previsão para durar sete dias seguidos. Nesse período, serão ouvidas as testemunhas e os peritos indicados pelo Ministério Público e pela defesa; e também os três ex-agentes da Polícia Rodoviária Federal.
Em outubro passado, a Justiça Federal em Sergipe condenou a União a pagar pouco mais de R$ 1 milhão em indenizações por danos morais aos irmãos e ao sobrinho de Genivaldo. Em um processo anterior, a mãe e o filho de Genivaldo foram indenizados em R$ 900 mil.
Genivaldo Santos morreu durante uma abordagem policial, na BR 101, na cidade de Umbaúba, interior do estado do Sergipe, em 2022.
Os agentes Kléber Nascimento Freitas, Paulo Rodolpho Lima Nascimento e William de Barros Noia colocaram Genivaldo no porta-malas do veículo da PRF, sufocando a vítima com gás lacrimogêneo, numa espécie de câmara de gás. Câmeras de celulares registraram o ocorrido.
Os réus estão presos desde outubro de 2022, e foram demitidos da PRF em agosto do ano passado pelo então Ministro da Justiça Flávio Dino.
* Com produção de Dayana Vitor
Fonte: Agência Brasil