Com fluxo do pronto-socorro alterado desde a manhã desta segunda-feira (8), o Hospital Regional de Ceilândia já recebeu, até o momento, 28 pacientes com coronavírus.
Os 31 leitos da Emergência que atendia as especialidades ortopedia e cirurgia geral passaram ser exclusivos para pacientes com coronavírus.
Além disso, outros dez leitos de terapia intensiva foram reformados para receber os pacientes mais graves, seis deles já estão ocupados até o momento.
O atendimento aos casos de Covid-19 em Ceilândia só foi possível após as estratégias montadas pelo gabinete especial da Secretaria de Saúde na região.
Entre elas, a transferência das especialidades de ortopedia e cirurgia geral do HRC para os hospitais regionais de Santa Maria (HRSM) e Taguatinga (HRT).
Enquanto isso, casos de abdômen agudo e outras patologias cirúrgicas não traumáticas são encaminhadas ao Hospital Regional de Samambaia (HRSam).
As três unidades passaram a atender a demanda das regiões de saúde Oeste e Sudoeste de forma temporária.
Com isso, o espaço que abriga os leitos da ortopedia e cirurgia geral no HRC pode ser separado para o atendimento aos pacientes com coronavírus.
Ainda assim, as equipes ortopédicas e cirúrgicas continuam no hospital da Ceilândia para atender os internados.
A princípio, eles serão transferidos da unidade à medida que mais leitos para Covid-19 forem sendo ocupados.
Com isso, as equipes vão, gradativamente, sendo direcionadas para o hospital de Taguatinga.
A transferência de recursos humanos é prevista na Portaria nº 220, de 7 de abril de 2020, para lotação e movimentação provisória dos servidores da Secretaria de Saúde durante o período de pandemia.
Dessa forma, a escala de servidores das especialidades do HRC seria cumprida no HRT, temporariamente, enquanto durar essa mudança.
O planejamento da Secretaria de Saúde é que esse fluxo seja mantido pelos próximos 60 dias.
Especialidades
Apesar da mudança de fluxo no HRC, o restante das demais especialidades no hospital, como ginecologia e pediatria, por exemplo, continuam funcionando normalmente.
Porém, uma das mudanças nesse sentido foi em relação a determinados grupos de pacientes.
Crianças de colo, puérperas e gestantes suspeitas ou confirmadas com a doença em Ceilândia estão sendo direcionadas para o Hospital Regional da Asa Norte (Hran), referência em atendimentos voltados à Covid-19.
Plano
As mudanças no fluxo de atendimento ocorrem como parte do plano estratégico dos gestores do gabinete especial da Secretaria de Saúde, montado em Ceilândia, para reduzir o aumento de casos do novo coronavírus (Sars-CoV-2) na região.
Mais novidades incluem a entrega de uma nova UPA em dezembro; a instalação de um hospital acoplado ao HRC, fruto de uma doação da empresa JBS, com 73 leitos, três deles com suporte respiratório; e a entrega de um hospital de campanha de 60 leitos, sendo 20 com suporte respiratório.
A previsão inicial é que ambos sejam abertos em 60 dias.
*Com informações da Agência Brasília