O Distrito Federal vai receber em breve seu primeiro crematório, localizado no complexo do Campo da Esperança da Asa Sul. As obras, que atingiram 90% de execução e que são de responsabilidade da concessionária que administra os cemitérios, ocupam um espaço de 289 metros quadrados e servirá como alternativa aos seis cemitérios presentes na capital. O investimento é de R$ 406 mil.
A edificação do crematório adotou um formato octogonal e possui aberturas e janelas em todas as fachadas, que garantem boa entrada de luz. O projeto segue o mesmo princípio de concepção que o urbanista Lúcio Costa idealizou para o desenho do cemitério, que é formado por uma espiral definida a partir de um octógono.
Nesse sentido, a estrutura contará com câmara fria, câmara ardente, depósito de resíduos, sanitários com acessibilidade e uma sala de despedida com capacidade para 40 pessoas. A intenção é que o crematório comece a funcionar logo após o término das obras.
“Essa é uma grande conquista da gestão do governador Ibaneis Rocha”, ressalta a secretária de Justiça e Cidadania, Marcela Passamani. “Não queremos mais que a população daqui precise se deslocar até Formosa ou Valparaíso para cremar seus familiares e pessoas próximas”, diz.
“Com a pandemia do coronavírus, existia a preocupação da secretaria em oferecer um novo meio para realizar sepultamentos no DF. E o crematório virá suprir essa lacuna”, esclarece o subsecretário de Assuntos Funerários da SEJUS, José Carlos Medeiros. “Com esse novo serviço, a expectativa é de que em cinco anos cerca de 45% das inumações (sepultamentos) ocorram por meio de cremações”, prevê o subsecretário.
Portanto, existe um anseio pelo aumento nas cremações, pois o Distrito Federal passa por um problema de pouco espaço disponível nos cemitérios locais para novas sepulturas. De acordo com dados da pasta, a unidade do Campo da Esperança da Asa Sul, que abrigará a edificação, tem atualmente uma vida útil de aproximadamente sete anos.