Na última segunda feira (25), o republicanos lançou a pré-candidatura da ex Ministra da Mulher e Direitos Humanos do governo Bolsonaro, Damares Alves, ao senado do Distrito Federal.
O lançamento trouxe uma divisão por parte dos aliados de Bolsonaro, tendo em vista que até então, a também ex-ministra Flávia Arruda, que preside o PL no DF, havia sido anunciada para disputar a única vaga a ser preenchida neste ano no Senado Federal.
Desde a confirmação da segunda feira, os eleitores bolsonaristas do DF passaram a ter duas pré candidatas que são supostamente apoiadas pelo presidente.
Porém é preciso ter muito cuidado com todo o cenário, pois o próprio Bolsonaro não fez até o momento nenhum posicionamento que diz respeito a nenhuma das duas pré candidaturas.
A última declaração do presidente que se referia aos dois nomes, foi feita em uma live realizada em suas redes sociais no dia 10 de março.
Na live em questão o presidente anunciou que Flávia Arruda seria candidata ao Senado no DF e Damares Alves iria se candidatar ao Senado pelo Amapá.
Diante desse impasse que coloca suas duas ex ministras em jogo, Bolsonaro terá que encarar o desafio e encontrar uma solução que não desagrade nenhum dos lados.
A escolha precisará de muita estratégia política pois cada uma das duas ex-ministras possui características que podem influencia-lo na hora que ele tiver que manifestar para quem irá o seu apoio.
De um lado temos Flávia Arruda que faz parte do PL e está oficialmente integrada ao projeto de reeleição de Ibaneis Rocha, conforme anunciado pelo presidente nacional do partido, Valdemar Costa Neto.
Do outro temos Damares que é uma peça chave de bastante influência no segmento evangélico, sendo também de um partido apoiador do presidente, além de ser muito próxima da primeira-dama Michelle Bolsonaro.
Flávia é mais experiente na política do que sua ex-colega de Esplanada enquanto Damares consegue aglutinar um número bem expressivo de ‘bolsonaristas’ e evangélicos para apoiar o presidente.
No Distrito Federal o Governador Ibaneis optou por não se envolver no assunto e vem acompanhando de forma cautelosa.
Enquanto o presidente permanece calado os adversários utilizam do momento para se reposicionarem e obterem vantagens na corrida ao Senado.