Desde o início da pandemia da Covid-19, o Distrito Federal foi a primeira unidade da federação a reconhecê-la e a decretar o isolamento social aliado a políticas públicas emergenciais na contenção e enfrentamento ao vírus.
Em combate inicial a doença, foram distribuídas mais de 2,2 milhões de máscaras, contratações de leitos de UTI na rede particular e abertura de hospitais de campanha.
Nesse sentido, de acordo com dados oficiais divulgados pela Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES/DF), estima-se que o DF tem uma população de 3.052.546 habitantes. Sendo que destes, 2.846.626 são pessoas, acima de 5 anos de idade, aptas para receberem a vacina contra a covid-19.
A vacinação contra a Covid-19 no Distrito Federal teve início no dia 19 de janeiro de 2021. Desde então, foram recebidas 7.137.727 doses do imunizante – e aplicadas 6.222.224 até 17 de maio de 2022.
De acordo com o Vacinômetro, a cobertura vacinal alcançou o índice de 90.24% em relação a primeira dose ou dose única e a taxa de 84.48% em face da segunda dose ou dose única. Até o momento, a dose de reforço alcançou apenas 41.94% de cobertura.
Desse modo, é perceptível que a cobertura da primeira e da segunda dose alcançam um percentual satisfatório, que não se repete na etapa de reforço, por falta de procura por parte da população. No entanto, o GDF mantém o estímulo a imunização da população, oferecendo até hoje vacinas de sobra – nunca faltaram em quase um ano e meio de campanha.
Assim sendo, há um processo de logística implementado pelos servidores da Rede de Frio Central para que a vacina chegue ao braço dos brasilienses. “Nossa logística é ímpar. A vacina chega às 6h no centro de armazenamento e distribuição e às 10h já conseguimos abastecer mais de 160 postos”, explica Divino Valero, subsecretário de Vigilância à Saúde.
Autoridades de saúde do GDF são unânimes em lembrar que a pandemia não acabou e que, apesar da flexibilização das medidas sanitárias – por uma questão econômica –, a Organização Mundial de Saúde (OMS) ainda mantém o alerta pandêmico pelas características de contágio da doença. Completar o esquema vacinal, portanto, é imprescindível para o arrefecimento da proliferação do vírus.
“À medida que avançarmos na vacinação, reduzimos as internações e a média de mortes por dia, pois o vírus em uma pessoa imunizada tem muito menos força do que em alguém que não se vacinou”, alerta o diretor de Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Saúde, Fabiano Martins.
Carro da Vacina
Atualmente, os técnicos da Secretaria de Saúde apontam dois motivos pelas quais as pessoas não completam seus esquemas vacinais contra a Covid-19: o viés ideológico ou a dificuldade de acesso e locomoção.
Em vista disso, visando contribuir com quem tem dificuldade de acesso e locomoção, o GDF instituiu o Carro da Vacina, que leva o imunizante para essas pessoas.
Em 8 de janeiro de 2022, o Carro da Vacina circulou pelas ruas do Sol Nascente. A intenção era disponibilizar a imunização à população em situação de vulnerabilidade com ausência de equipamentos públicos e falta de infraestrutura – ou incapaz de arcar com o custo do deslocamento até uma delas.
A contar desse momento, foram realizadas 11 edições em que uma van com um rotolight e um megafone saiu pelas ruas convidando as pessoas para se vacinarem. O resultado foi considerado positivo, com 4.816 doses aplicadas – sendo 1.200 de primeira dose.
“Acredito muito na busca ativa de pessoas não vacinadas”, defende a superintendente da Região de Saúde Oeste (Ceilândia, Sol Nascente, Pôr do Sol e Brazlândia), Lucilene Florêncio. “Sempre que o calendário de vacinação for ampliado, há necessidade de ir até essa população. E pode ter certeza de que nós iremos”, conclui.