O Distrito Federal já está com 16 casos confirmados da varíola dos macacos e com transmissão comunitária confirmada. Sendo assim, a Secretaria de Saúde do DF (SES) pretende iniciar, na próxima semana, os testes para a doença na cidade.
Na última terça-feira (26), a pasta recebeu reagentes próprios para realizar os diagnósticos pelo Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen).
Antes disso, as amostras coletadas eram enviadas para o laboratório de referência do Ministério da Saúde, que fica na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), e poderia levar até 15 dias para sair liberação de resultado.
Com os reagentes, vai ser possível realizar os testes no DF e com resultados em até 48 horas. O Lacen tem capacidade inicial para analisar até 96 amostras semanalmente, o que diminuiria a demanda no laboratório de referência. No Brasil, a varíola dos macacos já chegou aos 1000 casos e conta com 1 óbito confirmado pela doença.
O cenário da capital, até o momento, são de 16 casos confirmados e 40 em investigação. Todos os pacientes são do sexo masculino, com idades entre 20 e 39 anos e possuem residência em Ceilândia, Samambaia, Vicente Pires, Águas Claras, Núcleo Bandeirante, Park Way, Plano Piloto, Sudoeste/Octogonal, Itapoã e São Sebastião.
O infectologista André Bon, ressalta a necessidade de um aperfeiçoamento na comunicação. “Precisamos melhorar a divulgação (de informações) sobre os sintomas e sobre quem deve procurar atendimento”, recomenda o médico.
A Organização Mundial da Saúde (OMS), essa semana, reconheceu a monkeypox como emergência global, isso coloca a doença como um patamar extraordinário, que apresenta riscos internacionais e necessita de uma resposta global. Além disso, a mudança funciona, principalmente, como um apelo para a atração de recursos e de atenção para combater o surto.
Principais sintomas
– Dor de cabeça;
– Dor nas costas;
– Fraqueza intensa;
– Febre acima de 38,5°C;
– Dores musculares e no corpo;
– Linfonodos inchados (caroços na pele);
– Lesões de pele, que também podem afetar genitais e reto.
Caso esteja com lesões na pele como manchas e bolha suspeitas e podem ter ou não pus, é importante procurar atendimento médico.
Um dos principais fatores de risco para a infecção é a relação sexual casual, independente do sexo. Devem buscar unidades de saúde, principalmente: indivíduos com parceiros ou parceiras sexuais ocasionais que tenham tido contato com casos confirmados ou suspeitos, além de pessoas que viajaram para locais com prevalência de diagnósticos.
Transmissão
Qualquer um pode transmitir a doença, sendo também possível a infecção por superfícies contaminas, por contato direto com lesões de pacientes, com fluidos corporais ou gotículas respiratórias e por proximidade, sem uso de máscara, com indivíduos infectados, ainda que não apresentem feridas.
O período médio para que uma pessoa curada deixe de transmitir a doença é de três a quatro semanas após a cicatrização completa das lesões na pele.