No dia 6 de julho, um carro perdeu o controle e atingiu uma parada de ônibus na plataforma superior da Rodoviária de Brasília. Na oportunidade, uma mulher de 54 anos foi arremessada da viaduto, e com a queda de nove metros de altura, acabou morrendo no local. No mais, outras seis pessoas ficaram feridas. Entre esses, estava um bebê de cinco meses de idade.
A partir do acidente, se iniciaram as investigações da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) em busca de esclarecer as causas do acidente.
À época, o motorista alegou que teria desmaiado antes da batida. No entanto, após o acidente, sua companheira, que também estava dentro do veículo, teria dito aos bombeiros que o homem teve uma convulsão e perdeu o controle do carro.
Em que pese os argumentos expostos, o laudo pericial emitido pela PCDF vai de encontro à versão do motorista. De acordo com as imagens obtidas e o laudo do local, ficou constatado que o condutor dirigia acima da velocidade da via. Além disso, não há evidências clínicas de que ele tenha passado mal e a maneira como o veículo foi conduzido não condiz com uma pessoa que tenha desmaiado ou convulsionado.
Nesse sentido, o relatório ainda aponta que o motorista tentou ultrapassar, pela faixa da esquerda, os veículos que estavam parados no sinal. No entanto, a faixa terminou e o motorista precisou jogar o carro para a direita de forma abrupta. Por conta dessa manobra perigosa, ele bateu em outro veículo e, em ato contínuo, perdeu o controle do carro e invadiu a parada.
Desse modo, a fase de inquérito policial foi concluída e o motorista foi indiciado pela PCDF por lesão corporal culposa e homicídio culposo. Cabe agora ao Ministério Público, caso entenda que há provas suficientes de materialidade e autoria, o oferecimento da denúncia para que o ocorrido seja levado para a esfera judicial.