Programa Saúde na escola tem previsão de visitar, no ciclo de 2023-2024, pelo menos 140 escolas no Distrito Federal. Parceria entre as secretarias de Saúde (SES) e de Educação (SEE) foi iniciada há 15 anos, e envolve temas como saúde bucal, alimentação saudável, vacinação, prevenção a infecções sexualmente transmissíveis e combate à dengue e ao uso de álcool, tabaco e outras drogas. Em 2022, foram registradas ações com a participação de 198.602 estudantes. A objetivo é superar esse número.
A expectativa é que nos próximos meses haja a ampliação de todo o programa com a adesão de mais instituições de ensino. “Equipes de Saúde da Família, de núcleos ampliados de saúde da família [Nasfs], de saúde bucal e as escolas se aproximaram e empoderaram mais o programa nas suas agendas”, aponta a fisioterapeuta Letícia Caixeta, da SES. “Novas adesões para o ciclo 2023-2024 estão avançando e serão superadas em relação ao ciclo anterior”.
Centro de Ensino Infantil (CEI) da Estrutural é uma das escolas que voltam a receber o programa. “Ter uma ação dessas ajuda a fortalecer o vínculo saúde-educação-família”, opina a vice-diretora da unidade, Kátia Valéria Borges. Segundo a educadora, o contato mais próximo aproxima os pais e ajuda a conscientizar sobre a importância dos temas apresentados. “É diferente quando temos um profissional da saúde aqui dentro”, comenta.
Sumara Santana, coordenadora do programa pela SES, explicou que as ações são traçadas de acordo com a identificação das demandas de cada região. “Alimentação saudável e prevenção da obesidade, atividade física e verificação da situação vacinal são os temas prioritários para o ciclo 2023-2024”, diz.
O objetivo é sensibilizar a comunidade escolar sobre a importância da vacinação, verificar a situação vacinal nas cadernetas de saúde e indicar aos pais a unidade básica de saúde (UBS) mais próxima. Quando necessário, serão organizados eventos de vacinação na própria escola.
Outro destaque para o biênio 2023-2024 é a terapia comunitária, uma das práticas integrativas em saúde oferecidas pela rede pública. Os encontros promovem diálogo entre os participantes com a coordenação de profissionais da educação capacitados pela SES. Os grupos de terapia comunitária possibilitam a troca de experiências e de sentimentos do grupo em um ambiente acolhedor e respeitoso. A cada reunião é tratado um tema diferente.
De acordo com a psicóloga Doralice Gomes, referência técnica distrital (RTD) de terapia comunitária, a atividade permite que os estudantes entendam a realidade do outro, tenham mais empatia e se sintam seguros para expressar seus sentimentos. “É bem importante ter esse espaço de acolhimento emocional nas escolas”, aponta. Neste semestre, a prática está presente em dez escolas da rede pública no Gama e em uma em Santa Maria.