O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, recebeu nesta quarta-feira (22) representantes das federações do setor produtivo local no Salão Nobre do Palácio do Buriti. O objetivo do encontro, solicitado pelos próprios empresários, foi reforçar o apoio dos presidentes e diretores das entidades ao chefe do Executivo.
Durante a reunião, Ibaneis Rocha pediu união entre o segmento e o GDF para que a cidade possa se desenvolver no âmbito econômico e industrial. “Tenho uma preocupação muito grande na área econômica tanto no âmbito nacional e internacional, então vamos ter que estar cada vez mais unidos para que o Distrito Federal continue crescendo”, destacou o governador.
O líder do Executivo local se mostrou aberto para dialogar e acatar sugestões do empresariado para o crescimento da cidade. Ele também citou algumas medidas que o GDF pretende tomar para que a capital federal continue gerando renda e empregos.
Ibaneis Rocha contou que o Banco de Brasília (BRB) deve apresentar nos próximos dias um programa de moradias para alavancar o setor imobiliário e outro de crédito para melhorar a capacidade de financiamento das pequenas empresas.
Junto à Agência de Desenvolvimento do Distrito Federal (Terracap), Ibaneis Rocha quer que a entidade fique empenhada na criação de novos bairros. “Sabemos que Brasília tem uma situação diferente do restante do país por conta da renda elevada, principalmente no Plano Piloto, e temos que aproveitar essa característica para trazer desenvolvimento e renda para a nossa cidade”, defendeu.
Para a área rural, o governador destacou a aprovação da Empresa de Terras Rurais (ETR), subsidiária da Terracap, a ser presidida por Cândido Teles Araújo. “A gente tem aí uma possibilidade de alavancar o setor rural fazendo a entrega de escrituras e vendas de imóveis rurais”, acrescentou.
Ibaneis Rocha também revelou que há uma atenção especial do governo em relação ao transporte. “Está na hora da gente discutir com muita força o subsídio federal. As cidades não estão mais aguentando. Só no Distrito Federal o subsídio é de mais de R$ 2 bilhões por ano, um valor que se estivesse sendo investido no crescimento da cidade daria muito mais resultado no ponto de vista de renda e emprego. Temos que trabalhar juntos”, defendeu.
Apoio e demandas
No mais, Ibaneis Rocha recebeu declarações de apoio de empresários locais em sua volta ao cargo após um período de afastamento de mais de 60 dias. Durante a reunião, diversas federações se reuniram para discutir demandas do setor produtivo e apresentá-las de forma unificada ao governo.
A superintendente do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae-DF), Rose Rainha, intermediou o encontro e destacou a importância da colaboração entre as entidades empresariais para trazer uma pauta única para o governo. “É bom para as entidades e para o governo que a gente traga tudo de forma reunida e consolidada”, disse.
O presidente da Federação das Indústrias do Distrito Federal (Fibra), Jamal Bittar, revelou que a volta de Ibaneis Rocha foi recebida com satisfação pelo setor produtivo. “Tranquilizou os agentes econômicos do Distrito Federal e do setor produtivo”, afirmou. Bittar ainda propôs um encontro para desenhar uma política de desenvolvimento efetiva para o DF, com foco na indústria como geradora de empregos de qualidade.
Além da Fibra, outras entidades empresariais estiveram presentes na reunião, como a Federação de Agricultura e Pecuária (Fape), o Conselho de Desenvolvimento Econômico, Sustentável e Estratégico (Codese), a Federação Interestadual das Empresas de Transporte de Cargas (Fenatac), a Federação das Associações Comerciais e Industriais do DF e do Entorno (FaciDF), a Câmara de Dirigentes Lojistas do Distrito Federal (CDL) e a Federação Nacional das Empresas Locadoras de Veículos (Fenaloc).
Por fim, Ibaneis Rocha se comprometeu a ouvir as demandas unificadas das federações e trabalhar para atender as necessidades do setor produtivo local. A reunião foi considerada positiva pelos empresários presentes e pode ser um importante passo para a retomada do crescimento econômico do Distrito Federal.