O Governo do Distrito Federal (GDF) está disponibilizando gratuitamente à população testes rápidos para o diagnóstico de HIV, sífilis e hepatites B e C. Essa iniciativa está sendo oferecida em todas as Unidades Básicas de Saúde (UBS) do Distrito Federal, que também promovem ações de prevenção e tratamento de infecções sexualmente transmissíveis (ISTs). Com resultados prontos em apenas 30 minutos, os testes estão disponíveis mediante demanda livre, bastando que o interessado se dirija à sua unidade de referência e solicite o exame.
Até o momento, em 2023, a Secretaria de Saúde (SES-DF) já realizou 203.177 testes nas unidades de saúde. Quando um resultado é positivo para sífilis, o tratamento é imediatamente iniciado na própria Unidade Básica de Saúde (UBS). Para pacientes infectados com HIV, hepatite B ou C, eles são encaminhados aos serviços de atenção secundária, como as policlínicas de Ceilândia, Taguatinga, Planaltina e Gama. Além da disponibilidade de testes rápidos nas UBSs, os pacientes também podem buscar esses exames no Centro Especializado em Doenças Infecciosas (Cedin), localizado na 508 Sul, e nas maternidades da rede pública de saúde. A testagem deve ser realizada sempre que houver uma situação de risco, como a não utilização de preservativo durante uma relação sexual.
“Os testes de HIV e sífilis também são realizados em todas as mulheres durante o parto. Aquelas que não realizaram o pré-natal devem testar para hepatites B e C antes do parto”, destacou Beatriz Maciel, gerente de Vigilância de Infecções Sexualmente Transmissíveis da SES-DF.
Transmissão vertical, também conhecida como transmissão congênita, é uma preocupação crescente entre os profissionais de saúde, devido ao aumento da transmissão da sífilis de mãe para filho durante a gestação. Em 2022, o DF registrou 2.445 casos de sífilis adquirida e 836 casos da doença em gestantes. Entre esses, 388 casos resultaram em sífilis congênita, uma condição que poderia ter sido evitada se as gestantes tivessem recebido diagnóstico e tratamento oportunos durante o pré-natal. “Devemos concentrar esforços na prevenção da transmissão vertical da doença, algo que pode ser evitado com tratamento precoce. Quando a gestante é diagnosticada e tratada adequadamente, é altamente provável que o filho não nasça com a doença. Estamos trabalhando em estratégias para prevenir essa forma de transmissão”, enfatizou a gerente.
Uma das ações preventivas contra infecções sexualmente transmissíveis é a distribuição de preservativos em todas as unidades de saúde. “Além disso, oferecemos a fase de diagnóstico por meio dos testes rápidos e, posteriormente, o tratamento em si. Fornecemos várias oportunidades para que os pacientes evitem a disseminação da doença, tanto em homens quanto em mulheres”, concluiu.