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Cobertura vacinal de sarampo no DF 2023 chegou a 73,7% em 2023

Organização Mundial da Saúde alertou sobre o risco da doença voltar a se propagar pelo mundo.

Em 2023, a cobertura vacinal contra o sarampo no Distrito Federal atingiu 73,7% para a segunda dose do imunizante e 89,5% para a primeira dose, números ainda abaixo da meta estabelecida pelo Ministério da Saúde (MS) de 95%.

Recentemente, em fevereiro deste ano, a Organização Mundial da Saúde (OMS) emitiu um alerta sobre o aumento global de casos de sarampo. Dados mais recentes da instituição indicam que houve mais de 300 mil casos relatados ao longo de 2023, representando um aumento de 79% em relação ao ano anterior. O infectologista David Urbaez, referência técnica distrital (RTD) na área, ressalta a importância da vacinação, afirmando que o sarampo sempre foi uma doença alvo da imunização preventiva. Ele destaca que a vacina contra o sarampo é extremamente potente e eficaz, desempenhando um papel crucial na declaração do Brasil como área livre do sarampo.

Embora o Brasil tenha recebido o certificado de eliminação do vírus em 2016, novos casos surgiram em 2018, inicialmente na região Norte do país. Com a reintrodução do vírus e sua circulação por mais de 12 meses, o Brasil perdeu sua certificação de eliminação em 2019.

O sarampo é particularmente preocupante em crianças, podendo causar complicações severas e até mesmo óbito, principalmente em menores de cinco anos. Os últimos casos de sarampo no Distrito Federal foram registrados em 2020, todos com vínculo epidemiológico com os estados do Rio de Janeiro e São Paulo. Desde então, não houve casos confirmados da doença.

As complicações do sarampo incluem pneumonia, otite média aguda e encefalite aguda, sendo a pneumonia a causa mais comum de morte em crianças pequenas infectadas pelo vírus. Não existe um tratamento específico para o sarampo, apenas medicamentos para aliviar os sintomas. Os antibióticos não são recomendados, exceto quando há indicação médica para infecções secundárias.

Em caso de suspeita de sarampo, é crucial procurar atendimento médico imediato em uma unidade básica de saúde (UBS), especialmente se houver febre acompanhada de manchas vermelhas na pele, tosse, coriza ou conjuntivite.

A prevenção continua sendo a melhor estratégia contra o sarampo. A Secretaria de Saúde (SES-DF) oferece a vacina tríplice em todas as UBSs do Distrito Federal. O Programa Nacional de Imunizações (PNI) recomenda duas doses da vacina, a primeira aos 12 meses e a segunda aos 15 meses, sendo esta última dose suficiente para a proteção vitalícia. Para adultos de 30 a 59 anos, é administrada a vacina tríplice viral nos casos em que não há confirmação das duas doses. Os trabalhadores da saúde, independentemente da idade, devem receber as duas doses da vacina.

É importante ressaltar que não há necessidade de dose de reforço. Adultos até 29 anos são considerados vacinados comprovando duas doses da vacina contra o sarampo, enquanto adultos de 30 a 59 anos são considerados vacinados com apenas uma dose da vacina.

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