Quando uma pessoa desaparece, a comunidade como um todo sofre com a perda. O Governo do Distrito Federal (GDF) está desenvolvendo uma política distrital focada em agilizar a ação das forças de segurança e prestar suporte aos familiares, com uma abordagem humanizada ao desaparecimento de pessoas, por meio de uma atuação em rede.
A proposta é estabelecer ações conjuntas para aprimorar as técnicas de investigação das forças de segurança, promovendo a colaboração com órgãos públicos e a sociedade para facilitar a disseminação de informações úteis para encontrar os desaparecidos. A iniciativa foi apresentada em uma reunião na terça-feira (7), na sede do Departamento de Trânsito do DF (Detran-DF), organizada pela Secretaria de Segurança Pública (SSP-DF) e com a presença de vários órgãos do GDF.
A cerimônia contou com a presença do secretário de Segurança Pública, Sandro Avelar; da primeira-dama do DF, Mayara Noronha Rocha, líder da Chefia-Executiva de Políticas Sociais do GDF; do delegado-geral da Polícia Civil do DF (PCDF), José Werick de Carvalho; e de representantes do Corpo de Bombeiros Militar do DF (CBMDF), da Polícia Militar do DF, do Poder Judiciário, de empresas públicas e da sociedade civil. “Essa política aprimora nossa abordagem para localizar pessoas desaparecidas, com o uso da tecnologia e a colaboração da sociedade civil. Trabalhamos para maximizar a eficácia de nossos esforços e fornecer respostas rápidas às famílias que sofrem com o desaparecimento de entes queridos”, explica Sandro Avelar, secretário de Segurança Pública.
Enfrentamento conjunto
Além das investigações e ações policiais, as buscas por desaparecidos incluem protocolos de acolhimento para as famílias sem notícias de seus entes queridos. Mayara Noronha Rocha, primeira-dama, ressalta a importância da sociedade ser parceira do Estado na busca por soluções. “Represento a voz da população para mobilizar a cidade na solução dos nossos problemas sociais. O problema social não é apenas daquela família com um ente desaparecido, é uma questão de todos nós”, afirma.
A política distrital será desenvolvida com base em três pilares: prevenção, combate ao desaparecimento de pessoas e apoio às vítimas e famílias dos desaparecidos no Distrito Federal.
Para isso, serão implementadas iniciativas como a facilitação da identificação de pessoas, capacitação de agentes públicos e sociedade, facilidade no registro de ocorrências e promoção de ferramentas de acolhimento à comunidade.
A Polícia Civil do DF é referência nacional no tema devido à adoção de um protocolo padronizado (Procedimento Operacional Padrão – POP) em todas as delegacias. “Assim que recebemos a notificação de um familiar relatando o desaparecimento de uma pessoa, iniciamos imediatamente as diligências oficiais. Acabamos com o mito de aguardar 24 horas. Os familiares que buscarem qualquer delegacia no DF receberão atendimento imediato”, explica o delegado Laércio Rosseto.
O subsecretário de integração em políticas públicas da SSP-DF, Jasiel Tavares Fernandes, que coordena o projeto, enfatiza a importância do envolvimento do poder público e da sociedade civil.
“Quanto mais pessoas participarem dessa rede, maior a chance de localizarmos essas pessoas em um prazo mais curto. As informações divulgadas nas primeiras 24 horas são cruciais para acelerar o processo de localização”, conclui.