A Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) está na etapa final de desenvolvimento do aplicativo “e-Visit@ DF Endemias”, uma ferramenta que promete revolucionar a coleta e o gerenciamento de informações sobre a dengue. Com o aplicativo, os Agentes de Vigilância Ambiental em Saúde (Avas) poderão registrar dados de forma ágil e eficiente. O teste-piloto será lançado ainda em dezembro, acompanhado de um treinamento para os profissionais da área.
“Esse avanço reforça a capacidade de resposta ao cenário epidemiológico no DF. Com o aplicativo, somamos tecnologia ao trabalho dos agentes, facilitando a consolidação de dados e decisões mais rápidas e eficazes”, destacou a secretária de Saúde, Lucilene Florêncio.
O principal objetivo do projeto é gerenciar, controlar e disponibilizar digitalmente os dados coletados, otimizando as estratégias de combate ao Aedes aegypti e outros vetores. O projeto é fruto de um Acordo de Cooperação Técnica (ACT) firmado em agosto entre a SES-DF e a Secretaria de Saúde de Mato Grosso do Sul (SES-MS), estado que utiliza o aplicativo desde 2016. Essa parceria permite a troca de soluções digitais e o desenvolvimento de novas tecnologias de forma conjunta.
“O aplicativo auxilia no monitoramento, tomada de decisões mais rápidas e na criação de planos de contingência a partir da consolidação de dados”, afirmou Victor Bertollo Gomes Porto, chefe da Assessoria de Mobilização Institucional e Social para a Prevenção de Endemias (Amispe) da SES-DF. Ele destacou ainda que o acordo com a SES-MS garante economia de recursos, já que desenvolver o sistema do zero teria um custo muito maior.
Como irá funcionar?
O sistema será uma ferramenta exclusiva para as atividades de campo dos agentes, permitindo o registro georreferenciado das visitas domiciliares em tempo real. Esse recurso possibilitará a criação de mapas de risco, identificando áreas com maior incidência do mosquito e direcionando as ações da SES-DF de forma estratégica.
“O aplicativo fornece informações detalhadas sobre as visitas realizadas, indicando se havia ou não focos de dengue. A partir disso, são gerados relatórios com mapas de calor, além de dados automatizados sobre a produtividade e metas dos agentes”, explicou Victor Porto.
Inicialmente, a SES-DF disponibilizará 79 celulares para os agentes que atuam no Plano Piloto. Após a validação do teste-piloto, o sistema será implementado gradualmente em todas as regiões administrativas do DF.
A luta é de todos
Além do trabalho dos agentes da SES-DF, a população também desempenha um papel essencial no combate à dengue. É fundamental receber os agentes em casa e dedicar ao menos dez minutos semanais para inspecionar possíveis criadouros do mosquito em sua residência e arredores.
Qualquer recipiente pode acumular água e se tornar um criadouro. Verifique vasos de plantas, pneus, garrafas e tampinhas, além de manter caixas-d’água, tonéis e barris bem fechados.
Outro passo importante no combate à dengue é a vacinação de crianças e adolescentes entre 10 e 14 anos, uma medida indispensável para reduzir a propagação da doença.