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Centro público no DF impulsiona inclusão de pessoas com deficiência visual

Com mais de 400 alunos matriculados, o Ceedv adota uma proposta pedagógica focada na inclusão dos estudantes na rede regular de ensino e na preparação para o mercado de trabalho.

O Distrito Federal conta com um importante aliado na promoção da acessibilidade e inclusão social: o Centro de Ensino Especial para Deficientes Visuais (Ceedv). Vinculado à Secretaria de Educação (SEEDF), o Ceedv atua há décadas transformando a vida de pessoas com deficiência visual, oferecendo alfabetização em braille, educação básica completa e capacitação para o mercado de trabalho.

Com 440 alunos matriculados, o Ceedv busca integrar seus estudantes à rede regular de ensino e prepará-los para a vida profissional e pessoal. A instituição dispõe de professores especializados em Braille, português escrito e no uso do soroban (instrumento de cálculo), além de uma equipe multidisciplinar que oferece suporte psicológico, fonoaudiológico e psicopedagógico. “Nosso compromisso é garantir acessibilidade e equidade para todos os estudantes com deficiência, promovendo inclusão com autonomia e respeito às particularidades de cada um”, afirma a subsecretária de Educação Inclusiva e Integral, Vera Lúcia Ribeiro.

Inclusão além da sala de aula

O Ceedv não se limita à formação acadêmica: promove atividades complementares como música, natação, artes e educação física. Uma das atividades mais populares é a Atividade da Vida Social e Autônoma (Avas), onde os alunos praticam tarefas cotidianas em um ambiente simulado, aprendendo a arrumar a cama, cozinhar e realizar outras atividades domésticas.

Além disso, o Ceedv abriga o Centro de Apoio Pedagógico (CAP), que produz e distribui livros didáticos e literários em braille para toda a rede pública do Distrito Federal, garantindo que os estudantes com deficiência visual tenham acesso ao mesmo conteúdo dos demais colegas. “Nossa missão é assegurar que todos tenham acesso igualitário ao material de ensino”, explica Ana Paula Castro, professora-adaptadora.

Leitura e apoio voluntário

Outro destaque é o Clube do Ledor, criado em 1992 e mantido pela Biblioteca Braille Elmo Luz. O projeto conta com cerca de 60 voluntários que auxiliam alunos com tarefas escolares e na preparação para vestibulares e concursos. “O Clube não se limita ao Ceedv, atendendo qualquer pessoa com deficiência visual, independentemente da localização”, explica Deusdede Marques, responsável pelo projeto.

A voluntária Sônia Gentil, há 10 anos no clube, destaca a satisfação em participar: “É uma forma de retribuir. Leio para quem estuda para concursos e admiro muito a determinação deles.” Um dos beneficiados é Ismael Vitorino, ex-aluno do Ceedv, que enaltece o trabalho do clube: “Fui alfabetizado aqui e agora estudo para concursos públicos. No mercado privado, enfrentamos muitas barreiras, e o concurso se torna uma opção mais viável.”

O Ceedv segue sendo um exemplo de como a educação inclusiva pode transformar vidas, promovendo autonomia, cidadania e inclusão verdadeira.

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