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Aumento no consumo de hambúrguer entre crianças de 2 a 4 anos no Distrito Federal

Os dados, do Boletim Informativo de Vigilância Alimentar e Nutricional, apontam que a prática pode estar ligada à conveniência do delivery.

O consumo de hambúrguer entre crianças de 2 a 4 anos no Distrito Federal registrou um aumento significativo. Segundo o Boletim Informativo de Vigilância Alimentar e Nutricional do Distrito Federal, divulgado nesta semana, 36% das crianças dessa faixa etária consumiram hambúrguer em 2023, comparado a 28% em 2022. O documento, elaborado pela Gerência de Serviços de Nutrição (Gesnut) da Secretaria de Saúde (SES-DF), compila dados de 2023 e faz uma análise comparativa com o ano anterior.

“O consumo de hambúrguer, frequentemente composto por alimentos ultraprocessados, pode substituir refeições mais saudáveis, o que é preocupante para a cultura alimentar brasileira”, explica Carolina Gama, gerente da Gesnut.

Arte: Secretaria de Saúde
Adolescentes e adultos

O aumento no consumo de hambúrguer também foi observado em adolescentes e adultos. Entre os adolescentes, o índice saltou de 39% em 2022 para 50% em 2023. Além disso, 77% desses jovens fazem refeições enquanto assistem à TV, hábito que, segundo Carolina Gama, está associado ao consumo de alimentos ricos em açúcar, gorduras e sódio.

Entre os adultos, o consumo de hambúrguer e alimentos ultraprocessados aumentou de 28% para 35% no mesmo período.

Idosos

O público acima de 60 anos também registrou aumento no consumo de lanches rápidos, passando de 16% em 2022 para 18% em 2023. Os fatores apontados para esse crescimento incluem a popularidade do fast food, a praticidade do delivery e mudanças no estilo de vida.

Bebês

Embora tenha havido uma ligeira queda, bebês de 6 a 24 meses continuam expostos a alimentos não saudáveis. Em 2023, 32% deles consumiram ultraprocessados, contra 35% no ano anterior. Outros dados mostram que 8% consumiram hambúrguer e embutidos, 18% ingeriram bebidas adoçadas, e 16% consumiram alimentos como macarrão instantâneo, salgadinhos, biscoitos recheados e doces.

Obesidade infantil

Os índices de excesso de peso e obesidade infantil preocupam. Em 2023, 12,22% das crianças de 5 a 10 anos apresentaram sobrepeso, enquanto 9,39% das crianças de 2 a 4 anos também enfrentaram o problema. Mais de 4% das crianças foram diagnosticadas com obesidade, condição que aumenta o risco de problemas de saúde na vida adulta.

Esses números destacam a necessidade de ações preventivas e de promoção de hábitos saudáveis. “O boletim orienta o planejamento de estratégias para enfrentar doenças crônicas não transmissíveis e combater a insegurança alimentar e nutricional no Distrito Federal”, afirma Carolina Gama.

Amamentação

Um dado positivo revelado pelo boletim é o aumento do Aleitamento Materno Continuado (AMC) entre bebês de 6 a 24 meses. Em 2023, 73,4% das crianças dessa faixa etária foram amamentadas, superando os 66% registrados em 2022 e a média nacional de 61%.

As Regiões de Saúde Leste e Norte apresentaram os maiores índices de AMC, enquanto a Região de Saúde Central teve o menor percentual (66,67%).

A promoção do aleitamento materno continua sendo uma prioridade, pois oferece benefícios duradouros para a saúde da criança, fortalece o vínculo entre mãe e bebê e contribui para a comunidade em várias dimensões.

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