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GDF intensifica ações de conscientização sobre gravidez na adolescência

Cartazes informativos serão distribuídos em unidades de saúde e escolas neste mês; ao longo do ano, jovens têm acesso a atendimento clínico e apoio emocional nas 176 UBSs.

Para conscientizar a população sobre a importância da prevenção da gravidez na adolescência, a Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) distribuirá, ao longo deste mês, cartazes informativos em unidades de saúde e escolas públicas e particulares. No entanto, a assistência oferecida pela pasta se estende durante todo o ano, contando com equipes multiprofissionais que atuam de forma integrada.

A rede da SES-DF dispõe de 176 Unidades Básicas de Saúde (UBSs), que servem como porta de entrada para consultas ginecológicas. Além do atendimento clínico, enfermeiros, assistentes sociais, nutricionistas, psicólogos e outros profissionais oferecem acolhimento completo, abordando tanto a saúde física quanto os aspectos emocionais dos pacientes. Os adolescentes também têm acesso gratuito a diversos métodos contraceptivos, com destaque para os Métodos Anticoncepcionais Reversíveis de Longa Duração (LARC), como o Dispositivo Intrauterino (DIU), que garantem proteção prolongada sem a necessidade de intervenções frequentes.

O Desafio dos Números

A gravidez precoce segue como um grande desafio social e de saúde pública. Para a assistente social Elizabeth Maulaz, da SES-DF, a informação é essencial para reduzir esses índices. “Nosso objetivo é sensibilizar a sociedade. A adolescência é um período de desenvolvimento emocional, social e intelectual, para o qual o jovem deve estar preparado antes de assumir responsabilidades como a maternidade”, explica.

Dados do InfoSaúde apontam que, em 2024, foram realizados mais de 2,3 mil partos de mães menores de 18 anos no Distrito Federal. Em nível nacional, o Sistema de Informação sobre Nascidos Vivos (Sinasc) registrou quase 2,6 milhões de partos em 2023, sendo 303 mil de adolescentes. Desse total, 13,9 mil ocorreram entre jovens de 10 a 14 anos e quase 290 mil na faixa de 15 a 19 anos.

No Brasil, a legislação estabelece que qualquer relação sexual com menores de 14 anos é considerada estupro de vulnerável, assim como o casamento infantil ou qualquer outra prática sexual envolvendo essa faixa etária.

Informação Como Ferramenta de Prevenção

No Adolescentro, centro especializado no atendimento a jovens, o tema da gravidez precoce é abordado tanto em consultas ginecológicas quanto em rodas de conversa. A ginecologista e obstetra Cecília Vianna destaca a importância desse diálogo. “A adolescência é uma fase de descobertas, mas também de instabilidade econômica e emocional. Discutir os riscos da gravidez não planejada é essencial para garantir escolhas mais conscientes”, ressalta.

Para a gerente do Adolescentro, Bibiana Coelho Monteiro, o debate precisa ir além do ambiente de saúde. “A discussão deve estar nas escolas, dentro de casa e em todos os espaços da comunidade onde os adolescentes estão inseridos”, afirma. Segundo a gestora, a falta de conhecimento sobre contracepção e planejamento reprodutivo ainda são obstáculos na prevenção da gravidez precoce. Quando ocorre, os riscos à saúde da mãe e do bebê aumentam, além de comprometer a trajetória educacional da jovem, trazendo impactos sociais e emocionais.

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