Autoridades do Governo do Distrito Federal (GDF) reuniram-se nesta quarta-feira (4), no Palácio do Buriti, para detalhar as medidas de prevenção e controle adotadas após a confirmação do primeiro caso de influenza aviária no Zoológico de Brasília. A doença, popularmente conhecida como gripe aviária, foi identificada em um irerê – uma ave silvestre encontrada morta no parque. A Secretaria de Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural (Seagri) informou que o caso é isolado e não há transmissão dentro do zoológico.
“Até o momento, as aves do plantel não apresentam sintomas. Isso é um sinal muito positivo, considerando que estamos lidando com um vírus de alta letalidade e transmissibilidade”, ressaltou o secretário Rafael Bueno. O GDF mantém canais abertos para notificação de casos suspeitos, recomendando à população que evite contato com aves mortas e envie fotos ou vídeos para avaliação da equipe técnica.
O Zoológico de Brasília está interditado até 12 de junho para evitar a propagação do vírus. Paralelamente, a Seagri realiza um monitoramento rigoroso em um raio de 3 km do foco, e o local será liberado no dia 13 se não houver novos casos. Funcionários do zoo que tiveram contato com as aves estão sob vigilância da Secretaria de Saúde (SES-DF) e não apresentaram sintomas.
A gripe aviária raramente afeta humanos, mas autoridades reforçam a importância de medidas preventivas. O consumo de carne e ovos permanece seguro, desde que esses alimentos sejam devidamente cozidos ou fritos. “Nossos aviários seguem padrões de biossegurança elevados, especialmente porque grande parte da produção é destinada à exportação”, frisou o secretário.
A Seagri reforçou que o DF já estava em estado de emergência zoossanitária desde 2023, quando foram intensificadas ações de vistoria, amostragem e educação nas escolas rurais. Com o novo caso, a campanha educativa será ampliada em parceria com a Secretaria de Educação (SEEDF). Equipes de defesa agropecuária monitoram permanentemente áreas de maior risco e orientam produtores sobre a importância da vigilância e de práticas seguras para conter o vírus.