O Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de Brasília (Sindhobar) comemorou a publicação, nesta quinta-feira (02/07), da nova data para a reabertura dos estabelecimentos, o próximo 15 de julho.
Também agradou o segmento o fato de o Governo do Distrito Federal ter adotado praticamente todas as sugestões encaminhadas pelo setor para definir as regras do retorno.
O grande desafio de bares e restaurantes agora é preparar tudo e correr atrás do prejuízo acumulado em quatro meses que permaneceram fechados devido à pandemia da Covid-19.
Para o presidente do Sindhbar, Jael Antônio da Silva, o decreto do governador Ibaneis Rocha (MDB) publicado nesta quinta foi um alívio.
“Já não era sem tempo. Tem 20 dias que estamos cobrando uma posição do governador e finalmente vamos poder voltar às atividades”, diz.
Segundo ele, essas próximas duas semanas serão de conscientização dos empresários e clientes para que tudo corra bem no dia 15.
“Agora nós temos um horizonte. Sabemos que a volta será lenta, mas o empresário vai poder avaliar o que é melhor fazer a partir de agora”, afirma.
O que pode e o que não pode?
Ele detalha que as regras fixadas pelo Executivo para o funcionamento do setor estão em consonância com o que os empresários conversaram com o próprio Ibaneis e outros integrantes do GDF de 16 de junho para cá.
Por isso, serão facilmente incorporadas. “Basicamente é com o distanciamento e a limpeza que iremos nos preocupar”, resume.
Entre as normas presentes no decreto estão a limpeza rigorosa em todo o estabelecimento, distanciamento de dois metros entre mesas, com limite de seis pessoas por mesa.
Para evitar aglomeração, o funcionamento deve ser limitado a 50% da capacidade total do bar ou restaurante.
Não será permitido música ao vivo em nenhum desses ambientes.
A ventilação natural deve ser adotada preferencialmente, evitando-se o uso de ar-condicionado: se o equipamento for necessário, a limpeza dos filtros precisa ser feita diariamente.
Cardápios, mesas e cadeiras devem ser higienizados após o uso de cada cliente.
O estabelecimento deve garantir luvas descartáveis de plástico e guardanapos de papel aos frequentadores, além de manter o distanciamento entre eles na hora que forem pagar a conta.
Tanto o cafezinho na saída quanto a oferta de itens de degustação estão vetados
Fiscais da Diretoria de Vigilância Sanitária da Secretaria de Estado de Saúde farão rondas periódicas por todo o DF para garantir que todas as regras estejam sendo cumpridas.
Cautela
Alguns restaurantes ainda vêem com cautela a nova data proposta pelo GDF.
“Vou me planejar, mas sem sair comprando tudo o que precisa nesse momento. A gente sabe que em tempos de coronavírus, duas semanas é muita coisa”, explica o chef Paulo Tarso, dono do restaurante Rubrio, na Asa Sul.
Segundo ele, apenas uma reunião na próxima segunda-feira (06/07) definirá exatamente como o local irá abrir. “Nossa operação deve ser enxuta tanto de pessoal como de cardápio. Vamos encarar como se fosse uma inauguração e ir sentindo como será a reação dos clientes”, explica.
Já Sofia Peixoto, do Nube Café, também na Asa Sul, diz que não deixará os clientes comerem no local, mesmo com a liberação.
“Vamos seguir o que a gente acha certo. Não vejo ainda segurança para isso e a ideia é continuar limitando os acessos e permitindo apenas comprar comidas para a viagem”, afirma.
*Com informações de Metrópoles