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GDF em busca de tornar Arapoanga e Água Quente novas RAs

Projeto de lei busca reforçar a infraestrutura de bairros, com pavimentação, rodoviária, restaurante comunitário e demais equipamentos públicos

Arapoanga, em Planaltina, e Água Quente, no Recanto das Emas, estão no caminho para se tornarem regiões administrativas (RAs) e assim, poder receber mais investimentos do Governo do Distrito Federal (GDF).

Para isso, o GDF está preparando dois projetos de lei para enviar à Câmara Legislativa do DF (CLDF), que tomará a decisão se os locais virarão cidades.

O governador que foi eleito para seu segundo mandato, Ibaneis Rocha, defende a criação das duas RAs e para Arapoanga já possui projetos como uma rodoviária e restaurante comunitário. “Para a rodoviária, já temos um projeto pronto, e o restaurante comunitário é uma prioridade”, afirma. “Nós temos feito obras no Arapoanga, seja de iluminação, seja de reforma do campo sintético. Também investimos na educação e na saúde em Planaltina, que atendem essa área, mas precisamos avançar muito, porque os moradores precisam de mais infraestrutura”.

Em abril e maio deste ano, o GDF promove consultas públicas para ouvir a comunidade com relação a criação das duas cidades, ambas receberam o aval dos moradores.

O trabalho foi coordenado pela Secretaria de Governo (Segov), com apoio da Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação (Seduh) e de outros órgãos.

Valmir Lemos, que é secretário de Cidades (Secid) e coordena os projetos em andamento, ressaltou o desejo da população. “atenderá a um forte anseio da população local e tende a contribuir para o desenvolvimento integrado de toda região”.

A Seduh, é responsável por definir o tamanho das áreas das duas futuras cidades do DF. Além disso, por meio do Conselho de Planejamento Territorial e Urbano do Distrito Federal (Conplan), são aprovados os projetos de criação das RAs para deliberação na Câmara Legislativa do DF (CLDF). “A criação das regiões administrativas representa uma gestão pública mais eficiente e próxima da população”, reforça o titular da Seduh, Mateus Oliveira.

O deputado Rafael Prudente, presidente da CLDF, espera o encaminhamento para poder dar andamento de forma mais rápida ao plenário da casa. “É um pedido antigo da população”, afirma o parlamentar. “Há um entendimento junto ao governo, e a expectativa é que os dois processos vão para o Conplan para serem aprovados; e, quando aprovados, a expectativa nossa é que dentro de dez dias eles estejam dentro da CLDF, e aqui vamos dar prioridade para votação”.

Investimentos nos locais

Mesmo sem ter o projeto aprovado para a criação das novas RAs, o GDF já tem feito investimentos nas regiões. Em 2021 foram instaladas mais de 1,6 mil luminárias de LED no Arapoanga, um serviço com investimento de R$ 961 mil. Com aporte de R$ 415 mil, o campo sintético do bairro também foi reformado junto com o parquinho que tem ao lado.

O administrador de Planaltina, Célio Rodrigues, ressaltou: “É importante pela complexidade que o bairro se tornou”, resume. “Há muitas famílias que residem ali, os problemas de questões fundiárias aumentaram e precisamos ter uma pessoa que olhe somente para aquela região, de forma a entender a complexidade dos problemas e se dedicar exclusivamente a solucioná-los”

Wanderley Eres de Deus, administrador do Recanto das Emas, expôs a necessidade do Setor Habitacional Água Quente ter estrutura própria para atender mais rapidamente às necessidades dos mais de 25 mil moradores.

“É de fundamental importância a criação da região administrativa, até por conta da distância para a administração do Recanto das Emas, que fica a 20 km”, aponta o gestor. “Temos a gerência de Água Quente, com servidores que atendem a comunidade, mas sem a estrutura adequada. O ideal é ter a administração própria para facilitar o atendimento da demanda dos moradores por pavimentação asfáltica, rede de esgoto e iluminação. Com a criação da administração, tudo isso poderá ser facilitado.”

Bem como o Arapoanga, Água Quente também teve investimentos, tanto na drenagem quanto na recuperação de vias não pavimentadas. A expectativa é que assim que puder ter sua infraestrutura própria, ganhe ainda mais melhorias.

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