Fechado em janeiro de 2014 devido a mais de 100 irregularidades nas normas de segurança e combate a incêndio, o Teatro Nacional Claudio Santoro, um dos maiores e mais emblemáticos do Brasil, está prestes a reabrir suas portas. A interdição, determinada pelo Corpo de Bombeiros e pelo Ministério Público do Distrito Federal e dos Territórios (MPDFT), revelou falhas no projeto original, criado por Oscar Niemeyer na década de 1960, como a ausência de saídas de emergência, reservatórios de incêndio e escadas pressurizadas.
Desde dezembro de 2022, o Governo do Distrito Federal (GDF) investe R$ 70 milhões na restauração do espaço, adaptando-o aos mais rigorosos padrões de segurança. “Estamos assegurando com essa obra questões de segurança. O teatro foi fechado exatamente por isso”, afirmou Felipe Ramón, subsecretário do Patrimônio Cultural da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec-DF).
As obras priorizaram intervenções estruturais para garantir segurança e acessibilidade. Um novo reservatório de incêndio, com capacidade para 350 mil litros de água e 202 metros quadrados de estrutura subterrânea, foi concluído. Localizado fora do complexo cultural de 500 mil metros quadrados, ele atenderá todo o espaço.
Além disso, duas saídas de emergência conectadas à Sala Martins Pena foram construídas. Com rampas de 37 metros, essas saídas permitirão a rápida evacuação do público, o acesso de ambulâncias e maior inclusão para pessoas com deficiência.
Outro avanço significativo foi a instalação de uma escada pressurizada para bloquear a entrada de fumaça e facilitar a evacuação de áreas como camarins e espaços expositivos. Materiais inflamáveis, como poltronas, carpetes e cortinas, foram substituídos por itens antichamas, enquanto novas salas para exaustão do ar-condicionado e geradores também foram incluídas no projeto.